quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Zé Rodrix lança sua trilogia maçônica

Romances contam a história da maçonaria e explicam a origem de seus ritos secretos

O escritor, cantor e compositor Zé Rodrix tem sua trilogia sobre a Maçonaria relançada, em box especial com os três livros, intitulada TRILOGIA DO TEMPLO.

A Trilogia do Templo

A Maçonaria em todo o mundo é praticada através de rituais secretos que englobam símbolos, alegorias e lendas, a maior parte delas tirada da história real da Antiguidade, escolhidas desde muitos anos para serem usadas como treinamento do método ou sistema maçônico de pensamento. É através destas histórias ou lendas que se conhece e aprende a maneira maçônica de pensar, introjetando individualmente os valores que elas exibem de forma a formar Homens Novos através da Maçonaria, uma escola de pensamento muito antiga e profundamente enraizada na Ética, na Consciência e na Responsabilidade pessoais, coletivas e universais.

Um dos ritos mais praticados na Maçonaria mundial, o Rito Escocês Antigo e Aceito, faz uso, em seus graus simbólicos e superiores, de uma série de histórias reais que tem como centro a construção do Templo de Salomão em Jerusalém, o primeiro Templo de um Deus Único, que exigiu para seu erguimento toneladas de pedras esculpidas cuidadosamente, para ser montado sem ruído nem uso de ferramentas.

É nesta construção que surge a primeira lenda maçônica: a do arquiteto do Templo, um mestiço fenício-hebreu de nome Hiram-Abiff, que representa para os maçons não apenas o Mestre Perfeito, mas, principalmente, aquele Homem Novo que todos buscamos ser. É a historia deste Templo e deste homem que formam o panorama de JOHABEN: DIARIO DE UM CONSTRUTOR DO TEMPLO, no qual os fatos históricos e lendários da vida de Hiram-Abiff e de Salomão são revelados como uma viagem para dentro de cada consciência, num formato de bildungsroman ( romance de crescimento/transformação) que cria o paralelo entre o erguimento do Templo de Jerusalém e o Templo Interior de cada um de nós, através do trabalho na pedreira de nosso próprio espírito. Nele também se revela o início ideal da sociedade dos pedreiros, os mais antigos artesãos do mundo, no seio dos quais, muitos séculos depois, nasceu a Maçonaria moderna, tal como a conhecemos hoje, e que revela gradativamente estes fatos nos graus de 1º a 14º.

O segundo volume da TRILOGIA, que se chama ZOROBABEL: RECONSTRUINDO O TEMPLO, narra a vida de um príncipe hebreu que realmente existiu e foi o responsável não apenas pelo Segundo Êxodo, aquele que trouxe os judeus escravizados na Babilônia de Nabucodonosor de volta para sua terra natal, o reino de Israel, mas também pela reconstrução do Templo de Salomão, derrubado e desmontado pelos babilônios.

Lidando com os rituais dos graus de 15º a 20º, ZOROBABEL: RECONSTRUINDO O TEMPLO mostra os esforços para que Jerusalém novamente se tornasse a capital dos hebreus, revelando os primórdios do terrorismo como arma de combate, esclarecendo o papel de Cyro e Dario na sobrevivência de Jerusalém, além de revelar o estabelecimento cada vez mais sólido da sociedade dos pedreiros, já agora chamados de Filhos de Salomão, e dos valores que a Maçonaria deles herdou, permitindo aos maçons modernos a recriação de seu próprio espírito através do trabalho incessante de crescimento e transformação que a Ordem lhes propicia.

No terceiro volume damos um salto de muitos anos, indo aos séculos XIII-XIV para revelar a verdadeira ligação entre a Maçonaria e a Ordem dos Cavaleiros Templários, tão explorada por diversos autores, mas que nunca se preocuparam com a verdade dos fatos, por desconhecer as verdades ciosamente guardadas pela Maçonaria, de quem os Templários foram associados durante toda a sua existência de mais de dois séculos.

As inverdades sobre esta união são de dois tipos: ou a negação pura e simples dela, através de preconceitos historiográficos , ou a aceitação delirante, através de processos "equisotéricos" de misticismo sem nenhuma solidez factual. ESQUIN DE FLOYRAC: O FIM DO TEMPLO, narra de maneira profundamente reveladora tanto a crescente união entre Templários e pedreiros, já prontos para tornar-se a Ordem Maçônica como hoje a conhecemos, como também o papel desta ligação nos momentos que marcaram a destruição da Ordem pela Igreja de Roma e o Reinado de França.

O mais curioso, contudo, é ser narrado pelo traidor da Ordem Templária, um cavaleiro que foi o Judas de seus irmãos e que, de maneira rigorosamente factual, revela o drama de sua tarefa inglória mas essencial para a sobrevivência do Templarismo na Maçonaria, estabelecendo os fatos que dela fazem parte nos rituais que vão do 28º ao 33º grau.

A TRILOGIA DO TEMPLO, escrita nos últimos dez anos, tem sido considerada obra essencial para os maçons brasileiros, pelo material que disponibiliza e revela a todos que desejem não apenas entender a Ordem maçônica mas principalmente estabelecer para si mesmos um caminho de busca e crescimento.

Baseados em profunda pesquisa histórica e comportamental, disponibilizam para os leitores não só os fatos da vida cotidiana nos períodos em que se passam, mas principalmente os pensamentos e atitudes dos homens das respectivas épocas, todos personagens históricos que têm finalmente reveladas as suas motivações e anseios, tal como percebidas e descobertas pelo autor, um escritor profundamente cioso de seu trabalho de escritor e pesquisador maçônico.

Romances de aventura e transformação, os três volumes são impossíveis de abandonar, uma vez iniciada a leitura: as descobertas sucessivas pelas quais passam os personagens, não apenas de suas vidas e dos que com eles se relacionam, mas principalmente do Universo dentro de si mesmos, enriquecem muito a experiência pessoal de cada leitor. Contudo, não é necessário ser maçom para usufruir da totalidade do que a TRILOGIA DO TEMPLO oferece: cada um encontra nela o seu próprio viés de leitura e compreensão, permitindo-se crescer e transformar-se junto com os livros.

Um comentário:

  1. Li o primeiro volume da Trilogia (Johaben - Diário de um construtor do Templo). É um grandioso trabalho de pesquisa feito pelo saudoso Zé Rodrix e um romance cuja leitura, uma vez iniciada, não dá para interromper. É uma obra que pode ser lida por não-maçons mas que, na minha opinião, para os maçons é leitura indispensável. Vou ler os dois volumes da grande obra.

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