segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo investe US$ 5 milhões em digitalização de imagens médicas

Este é um dos maiores projetos globais da Agfa Helthcare, empresa selecionada para implantação e uma das mais importantes do segmento em todo o mundo, uma vez que o Beneficência Portuguesa de São Paulo é o maior complexo hospitalar privado da América Latina.

A digitalização de imagens médicas ainda atinge uma parcela pequena dos hospitais no Brasil. Mas é uma tendência irreversível por vários fatores, especialmente pela agilidade do atendimento, melhora na gestão e eficiência operacional e consciência ambiental, já que a tecnologia possibilita a economia de papel e de filmes, o que elimina o uso de produtos químicos nos processos de revelação.

Como em praticamente todos os segmentos, a inovação e evolução tecnológica na área hospitalar também são “puxadas” pelos principais players do mercado. O Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, considerado uma das mais importantes instituições hospitalares do mundo, irá modernizar ainda mais seus serviços, principalmente em seu núcleo conhecido como MedImagem, referência nacional em diagnósticos por imagem.

É provável que a maioria das pessoas nunca tenha ouvido falar dos sistemas HIS (Hospital Information System), RIS (Radiology Information System) e PACS (Picture Archiving and Communication System). Porém, eles terão, cada vez mais, papel fundamental nas instituições médicas.

O Sistema PACS/RIS utiliza a infra-estrutura de TI existente no Hospital, criando um fluxo perfeito de informações. A abordagem centralizada no paciente permite que todos os envolvidos no processo tenham uma visão completa do indivíduo em tratamento, o que facilita a tomada rápida de decisões, transformando informações em conhecimento. Isso permite que médicos, gestores hospitalares e empresas de saúde ofereçam a mais alta tecnologia e qualidade em serviços médicos, com maior eficiência financeira e operacional.

No Hospital Beneficência Portuguesa a implantação da tecnologia da Agfa Healthcare simplificará e agilizará o atendimento, permitindo rápida consulta as imagens dos exames como: ressonâncias magnéticas, tomografias, ultrassonografias, raios X, mamografias, entre outros. Todo o fluxo e o gerenciamento do atendimento serão reformulados, desde o agendamento até a entrega dos resultados, otimizando os processos e aumentando a produtividade.

Além de consolidar o Hospital em um dos centros mais modernos do mundo, o projeto de US$ 5 milhões proporcionará que o volume de exames realizados cresça 60%, saltando dos atuais 330 mil para mais de meio milhão de exames/ano. A redução dos custos após a implantação da solução, que estará concluída em 18 meses, também é altamente significativa: podendo chegar a 40%. Segundo Wladinei Avanzi, Gerente de TI do Beneficência Portuguesa, o extravio de exames também fica impossível com o novo sistema, pois eles estarão vinculados ao histórico do paciente.

“O ganho em qualidade e precisão é outro ponto alto do projeto e deve ser destacado. O próprio médico se sente mais seguro com a tecnologia por contar com um diagnóstico mais apurado e ter acesso remoto às imagens a qualquer momento, por meio da web. Os pacientes também poderão acessar aos resultados pela Internet”, destaca Avanzi. O executivo ainda afirma que, em função do importante trabalho social realizado pela Instituição, os benefícios da nova tecnologia chegarão a todas as classes sociais.

O projeto

A implantação da solução PACS/RIS trará algumas mudanças culturais no Hospital. Uma delas com a substituição dos negatoscópios (aparelho de iluminação especial, geralmente fixado em parede, utilizado para visualização de chapas radiográficas - filme), por estações de alta definição para médicos radiologistas e de PCs para médicos solicitantes.

Os exames serão disponibilizados em mais de 60 estações especiais para laudos e em 500 terminais de visualização instalados nos Centros Cirúrgicos, Pronto Socorro, Unidades de Internação, UTIs e Consultórios. Só nos ambientes cirúrgicos serão mais de 50 monitores de Alta Definição com 32 polegadas, para facilitar a discussão clínica e, também, está previsto a utilização de PCs portáteis, os “Tablets”, que facilitarão a chegada das imagens “na beira do leito”, quando necessário. Os acessos às informações e imagens serão seguros e controlados, através login, senha e biometria, conforme a especialidade médica e perfil de utilização.

Os volumes de imagens que serão manipulados são numerosos, mais de 100 Terabytes/ano, armazenados em discos de acesso rápido, que manterão as informações “online” por cinco anos e, posteriormente, em mídias alternativas, podendo ser acessadas a qualquer momento. Isto irá trazer inúmeros benefícios às equipes médicas da Instituição, como agilizar o acesso às informações do paciente, compartilhar simultaneamente as imagens com outros especialistas para segunda opinião e consultar o histórico dos atendimentos anteriores.

Para documentar os exames realizados, o Hospital adquiriu robôs de alta performance para gravação automática de CDs e DVDs. Após a liberação dos resultados, a entrega poderá ser feita “sob demanda”, pois se calcula que o tempo necessário para documentar um exame será menor que cinco minutos.

Mercado

Os Estados Unidos, Canadá e Europa estão bem à frente na utilização de sistemas que integram ações dentro de um Hospital. No Brasil, esta realidade ainda não pode ser observada com tanta frequência, uma vez que a maioria das instituições ainda utiliza sistemas analógicos (filme). Fato que proporciona uma expectativa de crescimento para o setor de até 35% ao ano, chegando a movimentar negócios em torno de US$ 300 milhões/ano.

A fila da modernização é puxada pelos grandes hospitais, como o Beneficência Portuguesa, porém a capacidade de desenvolver um projeto totalmente adequado para cada tipo de clínica já atrai algumas clinicas de pequeno e médio portes.

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