segunda-feira, 16 de novembro de 2009

“O turismo tem que ser tratado como atividade estratégica”


Atual vice-governador, Leonel Pavan (PSDB) cedeu uma entrevista exclusiva à Revista Nossa para falar sobre turismo, tema a qual é ligado pela evolução do setor em Santa Catarina. No início de 2010, ele se tornará governador do estado.

Por: Renato César Ribeiro

No começo do ano que vem, Luiz Henrique da Silveira (PMDB) deixará o cargo de governador para Leonel Pavan (PSDB). Após ser vereador, prefeito de Balneário Camboriú, deputado federal e senador, ele se prepara para ocupar a cadeira por onde já passaram renomados nomes da política como Lauro Müller, Hercílio Luz e Nereu Ramos.

Para saber um pouco mais do que pensa o próximo mandatário estadual, a Revista Nossa realizou uma entrevista com Pavan, que tem sua trajetória marcada pelo desenvolvimento do turismo.

Santa Catarina recebeu o prêmio de melhor destino turístico da revista Viagem e Turismo, da editora Abril, pelo terceiro ano consecutivo em 2009 através do voto do leitor. O governo comemora o resultado que demonstra a importância do estado na atividade em relação ao Brasil. Confira a entrevista:

Revista Nossa: Como você avalia o turismo catarinense nesse momento?

Leonel Pavan: Em ascendência total, já representa mais de 13% do nosso Produto Interno Bruto (PIB) e a cada ano vem recebendo destaque no cenário nacional, haja vista os três prêmios consecutivos de melhor destino, incluindo também cidades, praias e rede de hospedagem. Se continuarmos investindo em infra-estrutura, segurança e profissionalismo a projeção é crescer ainda mais a cada ano.

RN: Quais são os efeitos dos fenômenos climáticos recentes para o turismo?

LP: Será preocupante se nós nos acomodarmos, temos muitas potencialidades a descobrir. O estado se preocupa com os efeitos, buscando resolver os problemas e investindo em tecnologia, trabalhando com prevenção de catástrofes e estar pronto para uma rápida recuperação. O nome de Santa Catarina não pode ficar associado a estas catástrofes climáticas aí sim poderia prejudicar o turismo.

RN: Como esses problemas foram combatidos?

LP: Com muito trabalho. Na época das cheias, transferimos nosso gabinete para a cidade de Itajaí para agilizar os atendimentos às pessoas atingidas e também resolver os problemas nas cidades. Imediatamente, nosso governo também criou o Grupo Reação para coordenar as atividades e gerenciar os recursos, além de fortalecer as ações da Defesa Civil. Agora, depois de passada a catástrofe, ficamos impressionados com o poder de recuperação das cidades, como é o caso do Vale do Itajaí, com as festas de outubro. Em Blumenau, chamou a atenção o poder de recuperação do povo. Mesmo com o trauma, a cidade estava limpa, arrumada e pronta para receber os turistas, como também ocorreu nas outras cidades que tiveram festas de outubro, como Jaraguá do Sul .

RN: Qual é o potencial turístico de Santa Catarina?

LP: Santa Catarina tem um potencial enorme no Turismo, porém se encontrava meio adormecida a um tempo atrás, após fazermos alguns investimentos na infra-estrutura, eventos, no resgate da nossa história, na cultura, mostrando nossas potencialidades, esportes radicais, turismo rural, termas, religioso, aquático, parque temático, turismo de compras, da gastronomia, passamos a nos desenvolver, e as nossas potencialidades reconhecidas.

RN: O quanto disso é realmente aproveitado?

LP: Santa Catarina é um estado diferenciado e pioneiro no País em regionalização do turismo com a implantação de nove regiões turísticas, processo já reconhecido e premiado pelo Ministério do Turismo e Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo). Com a implantação dos fundos especiais de apoio tanto para o turismo como para a cultura e o esporte, nosso governo transformou potencial em produto e o resultado não tardou a aparecer pela terceira vez consecutiva, o melhor destino turístico do Brasil apontado pelas publicações especializadas no setor.

RN: Como melhorar o turismo do Estado? Que ações o governo vem tomando para aumentar o turismo de SC?

LP: Nós continuamos a investir no Turismo. Agora mesmo estivemos, nos Estados Unidos discutindo projetos para a segurança, e investir em segurança, vai alavancar ainda mais o turismo de Santa Catarina. Tivemos a primeira vitória, a segunda, e agora a terceira, e para conquistarmos a quarta precisamos trabalhar mais, ainda mais. Diante desta realidade, nós do governo catarinense resolvemos fazer do discurso a prática. O turismo é uma das prioridades fundamentais de nosso planejamento estratégico, junto com as parcerias do setor privado e entidades do trade levando-se em conta a nossa diversidade regional, étnica e cultural, única no Brasil

RN: Santa Catarina tem conquistado alguns prêmios sobre turismo, não é? Quais são? O que eles significam?

LP: Como disse antes, conquistamos agora novamente, pela terceira vez o prêmio da Revista Viagem e Turismo, da editora Abril, de melhor destino turístico do Brasil, ficando a frente de estados pólos no turismo como o Rio de Janeiro, Bahia e Ceará. Estas conquistas significam que nem tudo está resolvido, mas que estamos no caminho certo ao priorizar e fortalecer o turismo como atividade estratégica e investir na diversidade, regionalização e no fortalecimento da infra-estrutura dos municípios. Significa também que a parceria do governo com a iniciativa privada entidades representativas e ao Trade Turístico.

RN: Santa Catarina também sediou o WTTC. De que forma esse evento contribuiu?

LP: O cenário catarinense é hoje vitrine para o Brasil, a América Latina e o mundo ao sediar essa Conferência Global do Conselho Mundial de Turismo. Iniciativa das mais acertadas, uma vez que foi oportunidade única para a criação de novas formas de parcerias público-privadas que, na seqüência, estimularão a demanda junto ao setor turístico causando ainda impacto positivo para o crescimento econômico e a geração de novos empregos. Em resumo, Santa Catarina ganhou visibilidade e passou a fazer parte do cenário internacional para investimentos e novos roteiros.

RN: Quais são os próximos passos em relação ao turismo de Santa Catarina?

LP: Continuar aproveitando nosso potencial criando e descobrindo novos caminhos e mecanismos que despertem a curiosidade e o interesse de quem viaja. Agora mesmo durante o ultimo Congresso de Turismo da ABAV, no Rio de Janeiro foi lançado o roteiro do turismo religioso em Santa Catarina, mais uma opção como destino. Mas tudo deve vir acompanhado do investimento em infra-estrutura e profissionalização.

RN: Que diferença fará quando você estiver definitivamente no posto de governador do Estado em 2010?

LP: Junto com Luiz Henrique da Silveira e o secretário de Estado do Turismo Cultura e Esporte Gilmar Knaesel fizemos muito. Mas com mais tempo é possível fazer ainda mais, até porque sou do setor e sempre procurei fazer do discurso a prática. Vamos continuar investindo em infra-estrutura e fortalecer também o setor de segurança pública.

RN: Como você avalia o trabalho já realizado até agora?

LP: As três conquistas consecutivas com o Prêmio de Melhor Destino Turístico do Brasil vem como avaliação do nosso trabalho, são três conquistas consecutivas como melhor destino turístico no Brasil. A melhor avaliação é aquela que vem dos próprios turistas, como é o caso e ela dá a direção de que o turismo deve ser diversificado , regionalizado e com investimentos em infra-estrutura, divulgação e parcerias.

RN: O que fazer em relação ao turismo dos próprios catarinenses regionalmente?

LP: Motivar o turismo regional e intra-regional, investindo, com profissionalização, mostrando, aproveitando as potencialidades de cada município, região turística.

RN: Como você vislumbra o futuro do turismo catarinense?

LP: O turismo hoje é a maior indústria mundial na geração de divisas, empregos e recursos. Representa 13% dos gastos dos consumidores de todo o mundo. Há tendências claras que projetam o turismo como uma das principais atividades humanas deste século. Precisamos aproveitar este cenário. Em que pesem os avanços obtidos nos últimos anos em parceria com o governo federal, municípios e iniciativa privada, o turismo ainda não é tratado de maneira totalmente profissional. Se continuarmos nessa linha, porém, sem interrupções com as trocas de governo e sem cessar o intercâmbio com outros países, o crescimento dos fundos especiais, Santa Catarina terá um futuro promissor pela frente gerando muito mais emprego e renda do que hoje já acontece como setor.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Trabalho que se encaixa com a vida


Durante algum tempo em sua vida, Vanessa Garcia Palácio acompanhou a carreira de jogador de futebol de seu marido. Hoje, ela mora em Jaraguá do Sul e administra o hotel Vale das Pedras no bairro Ribeirão Grande do Norte.

Por: Renato César Ribeiro
Foto: Daniel Luís Bachmann

Em uma paisagem paradisíaca, Vanessa Garcia Palácio é a mulher que administra o hotel Vale das Pedras. “No começo foi difícil. É um ramo novo para nós e para Jaraguá do Sul”, conta. Ela avalia que a cidade não tem tradição turística e não é considerada um destino. “Por isso, o Vale das Pedras foi um bebê nascendo para a cidade e para a empresa”, diz. Mas Vanessa não é só trabalho. Ela é mãe e esposa. Ocupa o seu tempo livre ao máximo com sua família.

Ela explica que o maior público do empreendimento não vem de Jaraguá do Sul. Da mesma forma, as pessoas que procuram o hotel não estão em busca da cidade, mas vão ao Vale das Pedras. Isso é devido aos 20 quilômetros que separam o hotel do centro jaraguaense, distância em parte coberta de asfalto e em parte na terra mesmo.

“A distância é um problema para quem vem trabalhar todo dia. Para quem vem passear não é problema”, ela diz se referindo a fato de que o caminho a percorrer até o hotel é bem conhecido por quem se interessa pelo local. Como administradora, Vanessa percorre os 20 km todo dia pela manhã e à noite. Ela passa o dia trabalhando e não almoça com sua família. É por isso, que suas noites são reservadas ao marido e à filha.

“No começo, era mais complicado. Hoje só fico nos finais de semana que tem muito movimento, um evento maior ou quando um coordenador está de férias”, aponta. Os meses de maior movimentação são novembro, dezembro, janeiro e julho.

O marido de Vanessa, Alaor Palácio Jr., foi jogador de futebol e, durante esse tempo, ela o acompanhou pelas 11 cidades em que atuou. “Morei no interior de São Paulo, em Natal, em Belém, em Londrina, em Criciúma e até na Coréia”, conta. Quando acabou a carreira de esportista, foi a vez da esposa se dedicar ao trabalho.

Morar na Coréia foi uma oportunidade diferente. “Foi uma experiência de vida muito boa. Conhecer os costumes e a comida... Para se virar lá, só no inglês e a pronúncia deles é bem dificultosa. Mas é um povo acolhedor”, lembra.

O Vale das Pedras é um sonho de seu pai, Hamilton, transformado em realidade. Ele também trabalha no local. “Eu acabei abraçando o sonho do meu pai e acabou sendo o meu também”, afirma. Vanessa admite ter um pouco de “cigana”, por isso, levou com naturalidade suas mudanças ao lado do marido. “Gosto de viajar sempre que posso. Tem um hotel diferente, vou conhecer”, revela.

Seu empreendimento tem apenas cinco anos, mas já demonstra uma evolução. Começou com 12 apartamentos, aumentou para 24 e agora está com 44. Os planos são de subir esse número para 64 em até dois anos. Vanessa também ampliou as opções de recreação com quadriciclo, paintball, além dos atrativos que já existiam, como arvorismo e cavalos. Neste mês de outubro, a sala de jogos é que estava em obras.

Ela aproveita suas viagens de férias para pensar no trabalho e faz isso naturalmente. “A ideia dos quadriciclos veio de um passeio nos lençóis maranhenses. A gente vai no hotel e fica imaginando os bastidores”, cita.

O segredo de ser uma mulher empreendedora e manter a vida em dia é saber separar o tempo para cada coisa segundo Vanessa. “Isso as pessoas que estão comigo conseguem entender”, fala. “Naquela época, acabei deixando um pouco da vida profissional de lado para viver a vida dele. Isso fortaleceu a nossa relação. É um casamento sólido. Ele entende que preciso trabalhar no final de semana porque já passou por isso”, diz.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Andreas Kisser, o guitarrista do Sepultura


Por: Renato César Ribeiro
Foto: Renato César Ribeiro

A noite da terça-feira, 13 de outubro, foi emocionante para os fãs de metal de Joinville. Um dos maiores guitarristas do Brasil, Andreas Kisser do Sepultura ministrou um workshop a partir das 19h30min no segundo andar do Shopping Cidade das Flores. O músico respondeu a várias perguntas do público, tocou bastante guitarra e até mostrou seus dotes no violão. Mas, a platéia ficou extasiada mesmo quando Kisser finalizou o evento tocando talvez o maior sucesso de sua banda: “Territory”.

Andreas Kisser desceu do palco somente às 22 horas, quando o shopping já estava fechando. Atendeu pacientemente todos os fãs que se enfileiraram para trocar algumas palavras, pegar um autógrafo e bater uma foto ao lado do ídolo. Só depois de 40 minutos ao lado dos adoradores do Sepultura é que ele atendeu à nossa reportagem. O workshop foi uma realização da Graves & Agudos, com o apoio da Musical Joinville, Meteoro Amplifier e AGT Neto Stenger. Ele também passou por Blumenau no dia 14. Confira um trecho da nossa conversa.


O Sepultura entrou naquela fase em que a banda começa a ter várias gerações de fãs. Como você vê isso?

Acho que é bem característico do rock. Eu mesmo tenho 41 anos, nasci em 1968, quando estava nascendo o Black Sabbath, o Led Zeppelin... Eu não acompanhei exatamente quando estava acontecendo, mas vi depois. E isso me acompanha até agora. Black Sabbath é uma das minhas bases, (assim como) Led Zeppelin e Deep Purple. Acho natural. É legal ver o Sepultura inspirando gerações novas a fazer esse tipo de som, vindo de um país como o Brasil, onde é uma coisa mais difícil. Você vê isso nos shows do Motorhead, Black Sabbath... É uma coisa que vai de pai para filho.


O Sepultura está com o baterista novo (Jean Dolabella) desde que o Igor Cavalera saiu. Esse músico diferente e também o Derrick Green (vocalista). Como é estar com esses integrantes?

Diferente é diferente (abre um sorriso). Cada um tem sua característica, o seu estilo. Eu sempre procurei respeitar isso. Ao invés do nome, daquela coisa “Sepultura”. Como eu disse no workshop, o Sepultura é uma coisa mutante. Vive mudando, como cada um de nós. A gente vai crescendo, conhecendo coisas novas. Um casa, o outro tem filho... então, são experiências que acontecem e na música é a mesma coisa. Isso é natural e tem que fazer o que se gosta mesmo. É o que você está sentindo na hora. Acho que o Sepultura manteve isso. O Derrick veio com uma característica diferente. A gente não estava procurando um clone do Max. E a mesma coisa com o Jean. O Jean é um dos maiores músicos que já conheci na minha vida. É um baterista fantástico. Um cara que tem uma cabeça muito boa. Um cara mais jovem, que traz uma energia nova. É sorte, sei lá... (risos). Cai um cara desses na hora que a gente precisa. O Igor já estava meio fora da banda um tempo, vendo outras coisas. O Jean veio com toda vontade, toda força do mundo e está fazendo um trabalho espetacular.


Você como guitarrista faz muitas apresentações no mundo pop. Tanto com Júnior (ex-Sandy & Júnior) quanto com Paralamas do Sucesso. Como que é isso?

Acho legal. É uma admiração mútua. Independente do estilo. A gente por ser músico conhece muita gente. Vai cruzando, vai esbarrando nas festas, em shows etc. E música não tem limite, não tem fronteira. A gente está sempre tendo essa comunicação. Eu participei do disco do Chitãozinho & Xororó agora que está aí. Fiz um som com o Hudson (da dupla Edson & Hudson) que está fazendo um som rock. Eu me sinto super honrado de ao mesmo tempo representar a parte heavy metal do Brasil, que ainda sofre muito preconceito, e ter essa liberdade de colocar as minhas ideias, de estilos. É sempre uma grande escola. Você está sempre aprendendo. De conhecer o músico. De entender porque que faz o que faz. Essa influência é muito boa. E aí surgem amizades e outras ideias. É fantástico. É só coisa positiva.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Top Cultural: Dentinho, Intermitente e as melhores capas de discos

No Top Cultural desse mês, a Revista Nossa apresenta a estréia videográfica do fotógrafo Fabrício Porto, de Joinville; o registro de um dos mais importantes expoentes musicais joinvilenses, o vocalista da banda Arueira, Dentinho; e um livro com as maiores capas de discos de todos os tempos. Aproveite.


Música: “Dentinho nos Festivais”, de Dentinho

O cantor joinvilense Dentinho reúne 11 canções com as quais ele concorreu em diversos festivais de música em Santa Catarina, Paraná e São Paulo. O vocalista da banda Arueira apresenta um som calcado nos ritmos do Brasil e uma MPB naturalista. As melhores faixas de “Dentinho nos Festivais” são as duas primeiras: “Nos Trilhos da Estação”, concorrente no Festival Sesc 2001, Femucic – Paraná 2004 e Festival MPB Pereira Barreto SP 2006; e “A Folia de Guedes”, em Canta Limeira – São Paulo 2007 e Femic – SC 2008. O CD contou com o patrocínio de Ultradisc e do Sistema Municipal de Desenvolvimento pela Cultura (Simdec) da Fundação Cultural da Prefeitura de Joinville.


Vídeo: “Intermitente”, de Fabrício Porto

O fotógrafo e diretor Fabrício Porto se considera um “videoasta”, ou seja, faz vídeos. Sua produção “Intermitente” não é realizada em filme, por isso, a diferença na definição técnica. Estrelado por Alex Maciel e Samuel Kühn, o curta-metragem, de 12 minutos de duração, tem edição de Fábio Porto, irmão de Fabrício; e trilha sonora original de Albanir Germano. Destaque também para a animação na abertura de Fabrício em parceria com Paulo Gerloff. A captação das imagens foi realizada em Joinville no ano de 2007. “Intermitente” obteve o patrocínio do Sistema Municipal de Desenvolvimento pela Cultura (Simdec) da Fundação Cultural de Joinville e contou com o apoio da Contra Regra Produções.


Livro: “The Greatest Album Covers of All Time”, de Barry Miles, Grant Scott e Johnny Morgan

“The Greatest Album Covers of All Time” é uma compilação de algumas das melhores capas de discos de todos os tempos. O livro, em inglês, traz um pouco da história e da concepção da arte de 250 álbuns. Com foco nas imagens e não no componente musical, a publicação mostra a cronologia de expressões e tendências artísticas desde 1956, quando o vinil de 12 polegadas foi lançado, até 2005, ano de publicação da obra. É possível conferir destaques como “Sgt Peppers Lonely Hearts Club Band”, dos Beatles; “Dark Side Of The Moon”, do Pink Floyd; “Sticky Fingers”, dos Rolling Stones; e “Nevermind”, do Nirvana. Destaque também para a bela capa da única brasileira na coletânea: Astrud Gilberto com “I Haven’t Got Anything Better To Do”.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Caminhada dentro da mata é trekking


Praticar exercício físico, tornar seu corpo mais saudável, encontrar belas paisagens e fugir da selva de pedra urbana com amigos. Isso é um pouco do que uma pessoa com ligeiro espírito de aventura consegue quando pratica o trekking.

Por: Renato César Ribeiro
Fotos: Arquivo Pessoal

Um dos fãs da caminhada em meio à mata em Jaraguá do Sul é Geferson da Silva. Com 33 anos de idade, ele passa praticamente todo final de semana em algum esporte de aventura, como rafting e moutain bike. Mais ou menos, uma vez por mês ele se dedica ao trekking. “É uma caminhada em trilhas, em contato com a natureza”, define. Mas a atividade não é somente colocar qualquer roupa e sair floresta adentro sem saber para onde está indo sem preparação nenhuma.

O trekking exige preparação que inclui escolher o local interessante, planejar o tempo de duração da caminhada, e, com essas informações, dimensionar o quanto levar de água e alimento. “Alimento nem sempre é necessário, pois às vezes o trajeto é curto. Mas água é sempre bom levar”, ensina Geferson.

Na etapa de escolha do local, Geferson recebe dicas de várias pessoas, procura na internet e acontece também de ele passar em algum lugar e gostar. Nesse último caso, conseguir informações de moradores locais é crucial. “Tem uma coisa que é bem importante: sempre deixe alguém sabendo aonde você vai, caso ocorra algum imprevisto, já sabem por onde começar a procurar”, alerta.

De acordo com Geferson, um dos locais mais acessíveis para quem vive em Jaraguá do Sul é o Morro das Antenas. São 11 quilômetros de subida, o que garante cerca de três horas de trekking. Existe também a trilha do Pico Jaraguá, nela são duas horas e meia de aventura. Um lugar que é “bem tranquilo e sinalizado” é a Rota das Cachoeiras, em Corupá, que proporciona cerca de duas horas.

Um dos caminhos mais longos percorridos por Geferson é a Estrada Velha, em São Bento do Sul. Neste caso, um carro os levou até o alto do trajeto e os esperou na chegada no pé. Esse trekking durou cinco horas e meia. Ele gosta de viajar para praticar o esporte também. Já foi a Gramado no Parque da Ferradura. “É muito bonito lá. Tem cânions com 400 metros de altura. Você olha para baixo e vê aquele precipício”, afirma.

Na hora do planejamento, o aventureiro analisa a geografia do local, para ver se o trajeto é plano, se tem muita subida, se passa por mata muito fechada, ou ainda se atravessa algum rio. “Tudo isso influencia. São fatores que levam mais tempo”, cita. Entre os equipamentos necessários para carregar estão o kit de primeiros socorros e uma lanterna. “Você nunca sabe... pode demorar mais que o planejado, se acontecer algum imprevisto”, conta.

Geferson faz o trekking junto à namorada Monalisa Maurissens e a um grupo de amigos. Ele atenta para o tipo de roupa que se usa também, que não sejam apertadas para dar mais mobilidade. “Pode ser uma bermuda, que não seja abaixo do joelho, ou calça mais larga, caso faça frio”, diz.

O calçado deve ser apropriado também. “Tem gente que vai descalço. E depois se pisa numa pedra e se machuca no meio do mato?”, interroga. Segundo Geferson, já existem botas especiais a preços acessíveis como R$ 100,00. O equipamento ideal ainda conta com uma mochila para deixar as mãos livres.

A consciência ambiental também faz parte desse esporte. Geferson conta que encontra muito lixo em suas caminhadas. Ele e seu grupo acabam servindo de coletores, pois recolhem os pacotes e restos encontrados para manter a natureza preservada. “O que custa a pessoa fazer o seu lanche e colocar novamente na mochila para trazer de volta?”, questiona.

Se você gostou da ideia do trekking, mas está com medo de começar, a dica de Geferson é iniciar aos poucos com caminhadas dentro da cidade mesmo. “Aos poucos, a pessoa quer fugir do concreto e seguir para outros locais com mais contato com a natureza”, afirma.

Canyoning, uma outra forma de trekking

Para quem já está firme no trekking e deseja mais aventura, a dica de Geferson da Silva é o canyoning, de uma forma mais clara: o trekking dentro do rio. “Eu fiz em Doutor Pedrinho (SC), foram quatro horas dentro da água. Tem horas que você faz rapel e salto dentro do poço”, conta. Nesse caso, o mais seguro é entrar em contato com uma empresa especializada que fornece todo o equipamento de proteção, como capacete e colete salva-vida.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Jaraguá do Sul: a mais desenvolvida de SC


O potencial econômico de Jaraguá do Sul é bem conhecido entre os empresários. Um estudo do Rio de Janeiro divulgado no final de agosto desse ano confirmou esse posicionamento e elevou a cidade ao posto de maior índice de desenvolvimento de Santa Catarina.

Por: Renato César Ribeiro
Foto: Daniel Luís Bachmann

A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) acompanha a evolução de todas as cidades do Brasil através do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM). No último dia 24 de agosto, foram divulgados os números referentes a 2006 e que configuram como os mais recentes de todas as pesquisas nacionais. Nesta perspectiva, Jaraguá do Sul apareceu com o melhor resultado de Santa Catarina com 0,8774 numa escala que vai de 0 a 1.

Esta pontuação deixou a cidade do Vale do Itapocu na 28ª posição nacional. O estado de Santa Catarina teve um IFDM médio de 0,7915 ante 0,7847 de 2005. No total são 17 municípios com alto desempenho (acima de 0,8001). Blumenau aparece em 4º com 0,8535; Florianópolis é o 8º com 0,8303; e Joinville figura em 9º estadual com 0,8288.

O IFDM trabalha com dados oficiais em três áreas: “emprego e renda”, “educação” e “saúde”. Os piores índices de Santa Catarina ficaram em Bocaina do Sul, com 0,5092; Calmo, com 0,4936; e Capão Alto, com 0,4218. São avaliadas 5.565 cidades em todo o Brasil.

A vantagem desse índice é que, além de ser o mais atual, ele possibilita um acompanhamento municipal, estadual e nacional do desenvolvimento brasileiro. Na média nacional, os dados vêm melhorando ano após ano, em 2000 estava em 0,5954 e agora chegou a 07376. A revista Nossa procurou alguns dos principais nomes da cidade de Jaraguá do Sul para saber como eles avaliam esse resultado.


Ivo Konell (foto), secretário de administração da Prefeitura de Jaraguá do Sul

“Este índice publicado agora é baseado em 2006. Acredito que a situação em 2007 e 2008 tenha mudado, que não ocupamos mais essa posição em virtude da crise e desse último governo. Pois, quando entramos no governo, nós encontramos um grande déficit na educação. Só para você ter uma idéia, eram mais de mil crianças fora das creches. A situação na saúde era pior ainda. Encontramos inúmeros termos de ajustamento de conduta (TAC) do Ministério Público (MP), que tem nos ajudado muito.

Já conseguimos solucionar o problema das creches e tomamos as providências para a saúde, e evitar o represamento de consultas especializadas. Contratamos médicos e fizemos convênios com entidades de classe. Precisamos solucionar os problemas de educação e saúde para mantermos esse privilégio na avaliação das cidades. A perda deles na eleição diz que a comunidade resolveu mudar. Se os impostos forem investidos segundo os termos constitucionais, os resultados serão melhores. As nossas ações vão ter reflexos nos dados de 2009”.


Guido Jackson Bretzke, presidente da Acijs (Associação Comercial e Industrial de Jaraguá do Sul)

“Jaraguá do Sul demonstra bons índices e esse é um reconhecimento, mas não é motivo de orgulho tão grande assim. Apesar de ser o melhor de Santa Catarina, considerando o PIB per capita e a estrutura existente, deveríamos ter uma cidade melhor. É um prêmio bom, mas temos de trabalhar para melhorar, principalmente no que tange a administração pública e a qualidade de vida, assim como infra-estrutura e saúde.

O que temos que ver é comparativamente com outros municípios. É uma questão de onde podemos estar. A Acijs tem o papel de estar constantemente cobrando, ser justa e estar constantemente insatisfeita no bom sentido. A Acijs tem um trabalho junto do ProJaraguá para pensar qual é a Jaraguá do Sul que queremos. Nossa intenção é não deixar cair na zona de conforto”.



Wanderlei Passold, presidente da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) de Jaraguá do Sul

“Isso é resultado de muito trabalho e comprometimento da classe empresária da cidade e de toda a sociedade. Jaraguá do Sul é diferente de todos em relação a várias ações. Isso é um prêmio do trabalho brilhante que vem sendo realizado. Pois, em Jaraguá do Sul todos se empenham, se dedicam e fazem os sonhos se tornarem realidades. Esse resultado é a retribuição para um povo comprometido e guerreiro.

O comércio de Jaraguá do Sul é um setor de grande destaque de muita representatividade e com grandes empresários que têm uma participação efetiva. Para se ter uma noção, os associados da CDL empregam mais de oito mil pessoas. Podemos pegar como exemplo a campanha de conscientização do trânsito, que é um trabalho bastante importante. Da mesma forma, podemos citar a decoração natalina. Ela não beneficia só o comércio, mas toda a comunidade”.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

O respeito como filosofia de vida


Os conhecimentos dos xamãs dos povos nativos se perpetuaram e se transformaram numa diferente filosofia chamada de xamanismo. O amor em sua forma pura e o respeito são bases desse modo de entender a existência.

Por: Renato César Ribeiro
Foto: Renato César Ribeiro

O xamanismo não é uma religião, é uma forma de viver que traz espiritualidade, medicina e filosofia para seus praticantes. “A base do xamanismo é o respeito”, informa Ricardo Guilherme Schmidt, aprendiz de 19 anos de Jaraguá do Sul. Esse respeito que ele cita surge de uma forma mais profunda. “Tudo é feito de energia. Na realidade, tudo é uma coisa só, mas em um formato diferente”, ensina.

Para o xamanista, o sentido da vida é o amor. “Não é a paixão, mas o amor puro, o desejar o bem da realidade alheia sem querer nada em troca. Isso é a única coisa que se leva. Cada um tem a sua realidade e uma influencia na outra. Mas se a pessoa não quiser se ajudar não adianta nada. Você não dá apoio com dinheiro, como esmola, por exemplo. O melhor é passar algo de bom através das palavras”, ensina Ricardo.

O rapaz explica que “a essência do xamanismo é composta por uma forte base de profundo respeito. Em cima disto, temos a premissa de que fazemos parte de uma família universal e que tudo está interligado”.

De acordo com ele, o xamanismo é a mais antiga prática espiritual, filosófica e médica da humanidade. Há registros de rituais xamânicos desde a Idade da Pedra. Estudiosos queriam entender de onde vinham as idéias do homem primata para desenhar os animais nas cavernas. Através dessa pesquisa em atuais culturas na África, onde ainda se fazem essas pinturas, foi descoberto que eram registros de viagens espirituais por xamãs em rituais religiosos induzidas por danças. Essas pinturas possuem o mesmo padrão em qualquer local do mundo, o que muda são os animais, típicos de cada região e de cada época.

De uma forma mais prática, o xamanista pensa de uma forma diferenciada. “Eu consigo compreender melhor a minha relação com o mundo. Consigo saber por que as coisas são assim”, diz Ricardo. Existem rituais com tambores e plantas sagradas que levam o ser para uma vivência espiritual. Ele entra em transe e acessa uma realidade paralela. Isso tudo acontece dentro da mente da pessoa.

Ricardo explica que a pessoa pode ter outra religião e ser xamanista ao mesmo tempo. Essa filosofia não se prende a religiões, pois o praticante é quem descobre, dentro de si, a sua religião, que é basicamente a mesma para todos. Não há palavras que vá ensiná-la, apenas a vontade de aprender. Por isso, católicos, hindus, espíritas, budistas e qualquer outra religião se encaixam com o xamanismo, em que a verdade dos livros é refletida e entendida pelo coração.

O que acontece é que os seres humanos vivem num sistema de conforto propiciado pelo sistema. Isso faz com que eles não se sensibilizem com o sofrimento alheio. “Você não faz nada para mudar porque para você está tudo certo”, diz.

Desta forma, ao contrário da visão egoísta predominante, o xamanista procura fazer o bem a todos. “Pois há uma ligação. O meu corpo pertence à Mãe Terra, o nosso planeta; e o espírito pertence ao Pai Céu, o universo. Cada um é um deus, com ‘d’ minúsculo. E tudo é Deus, com ‘D’ maiúsculo. Deus não ouve palavras, ele ouve intenções”, diz Ricardo. Por isso, segundo essa mentalidade, o importante é agir e não apenas ir à missa todo fim de semana.

“Olhando para dentro de nossos corações conseguimos encontrar Deus, e entender a nossa importância neste mundo. Não é alguém que dirá isso para nós, somos nós que descobriremos a verdade simplesmente por desejar entende-la”, crê Ricardo. Diante desse pensamento, Jesus Cristo surge como um exemplo de vida a ser seguido. “As pessoas deveriam ser como ele foi, ter o amor puro”, menciona.

Essa mentalidade leva a pessoa a cuidar de si mesma. “A minha consciência me obriga a não usar drogas, beber ou fumar”, afirma Ricardo. Da mesma forma, surge o cuidado com a alimentação: “Evito comida artificial. Prefiro sucos a refrigerantes. Não quero ingerir conservantes”. Isso inclui o preparo dos alimentos. “As coisas que tiveram o nosso trabalho e a nossa mente para serem feitas são mais gostosas”, opina.

Ricardo se encontra com amigos para conversar sobre questões espirituais e como podem melhorar o mundo aos domingos, em torno das 16 horas, no bosque da Sociedade Cultura Artística (Scar), em Jaraguá do Sul.

Ligação com a física quântica

Dois assuntos que a princípio não tem ligação alguma são mencionados juntos por Ricardo Guilherme Schmidt: xamanismo e física quântica: “Se você olhar o que a física quântica está provando hoje em dia, você percebe que é o que o xamanismo já prega há muito tempo”.

A física quântica é uma ciência que engloba o material e o imaterial em seus estudos. Ela surgiu de uma necessidade de explicar cientificamente o infinito, a eternidade e a existência. É baseada em observações do cotidiano, do espaço e do mundo. Pela física quântica, tudo é feito de energia.

“Na física quântica, tudo está ligado por cordas supersensíveis ao chamado tecido subjacente do universo. No xamanismo, todos estão vinculados. Os celtas e os druidas viam o mundo como uma teia de aranha tridimensional. Se puxarmos um pedacinho aqui, toda a teia vibra. Para mim, existe uma ligação entre o xamanismo e a física quântica porque ambos trabalham com vibrações, oscilações e sons. E os xamãs sabem disso. Foram os primeiros físicos da história”, explica Ricardo.

Ele conclui que: “esta ciência moderna está revolucionando a forma que o ser humano compreende a realidade e a espiritualidade. Finalmente temos uma ciência que acredita em Deus, e esta, em minha opinião, é a melhor referência que temos para estudarmos a existência cientificamente”.

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Na cidade, a selva de pedra, tudo é artificial, no significado de que foi construído pelo homem. E, por isso, nela, a filosofia pode ser intitulada de xamanismo urbano, pois analisa as coisas por meio dos pensamentos xamãs na realidade da cidade. “Um xamã não é um líder espiritual. É mais um aprendiz que passa adiante o conhecimento”, aponta o aprendiz.

“As pessoas são muito insensíveis. Há muita impassividade em relação à vida. Quando, na verdade, isso é uma questão de escolha. Muitos se dispõem a um papel de vítima e, dessa forma, tentam ‘lavar as mãos’”, continua Ricardo Guilherme Schmidt.

E a matéria é energia condensada em baixa vibração, a luz é energia em vibração alta, nosso espírito/alma é energia em vibração mais alta ainda, e o vácuo é energia quase sem vibração. A física quântica prevê a existência de outros planos, espíritos (chamados de "frameworkers" da matéria) e de universos paralelos, como o xamanismo.

“Se bem que o espiritismo condiz mais, mas o praticante pode ser católico que não há problema nenhum”, fala.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Garantia da marca e know how

Sandro Moretti é franqueado Boticário em Jaraguá do Sul. Foto: Daniel Luís Bachmann

As franquias estão chegando a Jaraguá do Sul. Marcas com reconhecimento nacional e internacional têm lojas montadas à disposição dos jaraguaenses. A segurança do nome e o conhecimento adquirido podem trazer tranqüilidade, mas muito trabalho também é preciso.

Por: Renato César Ribeiro

Segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF), o faturamento do setor de franquias chegou a R$ 55 bilhões em 2008, o número de redes chegou a 1.379 e o de unidades a 71.954 em todo o Brasil. Santa Catarina e especificamente Jaraguá do Sul não ficam de fora dessas contas. Na cidade, algumas das principais marcas desse segmento estão presentes como O Boticário, Morana e Subway.

Com matriz em São José dos Pinhais, no Paraná, O Boticário está em Jaraguá do Sul há 27 anos. Começou com Odila Bertolli Moretti e permanece na cidade com seu filho Sandro Alberto Moretti. “Foi O Boticário que instituiu o modelo de franquias no Brasil”, conta o atual franqueado, que viu a evolução desse ramo durante o período. No início, era só vender os produtos, depois é que se tornou a manutenção de lojas com a marca em si.

Ser um franqueado implica em obedecer a normas e procedimentos, com direitos e deveres. “O layout da loja é padrão a nível nacional, dependendo de fatores como tamanho e classe social do público alvo”, explica Sandro. Além disso, o sistema “alimenta” os empresários com treinamentos, padrões, know how, inclusive na área administrativa.

Para usar a marca O Boticário, Sandro conta que, no seu caso, tem que pagar de acordo com o faturamento. Isso lhe dá direito ao uso e também à propaganda que a matriz faz em rede nacional. Na região, quem faz os anúncios publicitários é a empresa matriz, mas quem arca com os custos é o franqueado.

“Quando queremos divulgar regionalmente, falamos o meio, o tamanho e o formato. Eles desenvolvem e tem que ser seguido 100% o padrão”, afirma Sandro. Para ser um franqueado, é feito um raio-x do empresário para análise se ele vai ser aprovado ou não. É necessário ter faculdade e até pós-graduação, além de passar por um teste da própria O Boticário.

“Até a exposição de produtos são eles que determinam. Há manuais que dizem o que pode ou não”, aponta. Os fornecedores também são todos pré-determinados. No caso de alguém querer abrir outra loja na mesma cidade, a preferência é pelo franqueado já instalado. Sandro tem quatro lojas: três em Jaraguá do Sul e uma em Guaramirim. Isso sem contar um carro que faz vendas por Corupá, Schroeder e Massaranduba.

Experiência anterior ajuda

Rosângela Schütz abriu a Morana de Jaraguá do Sul após 20 anos de experiência com o estabelecimento próprio Center Som. A franquia ajuda na organização, seleção, treinamento de funcionários e administrativo, entre outras coisas. Até mesmo uma previsão de retorno é dada. Segundo Rosângela, é vendido um pacote completo. “Isso foi bom, pois tivemos só 45 dias para inaugurar”, conta.

“Para mim, foi muito fácil abrir essa loja. Pois eu já tinha 20 anos de experiência e contei ainda com todo esse suporte. Tudo que eu levei para aprender nestes anos, eles já têm um pacote pronto”, analisa Rosângela.

A franquia é paga por royalties nas compras. O contato da franqueada com a matriz é realizado através de e-mails, inclusive novidades e pedidos. A cada dois meses, a loja de Jaraguá do Sul recebe a visita de um supervisor que analisa iluminação, exposição de mercadorias, limpeza, funcionário e outros itens.

Não há um controle rigoroso das peças a serem expostas. A franqueada deve dar prioridade às escolhidas pela central, mas também é livre para escolher algumas das que aparecem na vitrine. Detalhes como iluminação, parede e piso são trazidos de São Paulo de fornecedores pré-determinados.

Ela conta que chegou até a franquia da Morana por intermédio do Shopping Breithaupt onde a loja fica em Jaraguá do Sul. Rosângela buscou informações e conheceu as sedes de Joinville, Balneário Camboriú e Florianópolis, além da central em São Paulo.

Assim como as outras franquias, também é realizada uma avaliação para ver se o futuro franqueado é gabaritado e tem condições. Com a loja pronta, “os valores praticados tem que ser dentro do que eles determinam”, explica ela.

“Não posso decorar nem colocar móveis diferentes do estipulado. Eu considero essas limitações boas, pois trabalhamos dentro dos padrões”, afirma. Da mesma forma, os anúncios publicitários devem ser autorizados pela central. Alguns eventos são livres, por exemplo, a Morana patrocinou a mais recente Festa do Champagne.

Além de todo suporte à distância, a Morana faz uma convenção anual com seus franqueados em março com workshops, cursos, debates e um desfile com o garoto propaganda da temporada. Para Rosângela, ter franquia significa tranqüilidade, pois, entre outras coisas, ela não precisa se preocupar em saber quais peças farão parte das tendências, isso já vem definido.

Uma das características de franquias se repete com a Morana. Os clientes da loja em outras cidades são cativos e compram em Jaraguá do Sul contando com a qualidade já definida da marca. “Eles falam: ‘que bom que abriu aqui!’”, conta Rosângela.


Modelo Miami EUA

Os amigos André Hering e Rodrigo Ibanez estudavam administração juntos quando resolveram abrir uma loja. Após várias ponderações, optaram pela franquia Subway e a esposa de André, Juliane, entrou no negócio. Há seis meses, eles são franqueados da marca de Miami, nos Estados Unidos, em Jaraguá do Sul, e contam que tem tido sucesso em seu empreendimento. Para eles, o que conta bastante é todo o suporte e conhecimento que os norte-americanos repassam.

“Tudo já foi estudado para dar certo. Temos assessoria, planejamento, a publicidade muda mês a mês”, cita André. Juliane complementa que “já tem uma fórmula de sucesso, ela só é adaptada para outro lugar. Você abre o negócio e já tem uma diretriz”. Periodicamente, eles recebem uma visita surpresa de uma consultora que analisa a loja para conferir se tudo está dentro dos conformes.

Para André, manter o padrão é bom, pois o cliente já conhece: “Você pode comer o mesmo lanche em Dubai, nos Estados Unidos, em Joinville ou em Jaraguá do Sul”. A Subway tem um sistema de controle em que se sabe exatamente o quanto está saindo de cada ingrediente. Além disso, o franqueado recebe informações de como andam os negócios tanto na cidade quanto no País.

A técnica de corte dos pães entre outros detalhes técnicos estão ensinados em manuais. “É uma coisa que vai funcionando. A forma deles é comprovada que é a certa”, elogia André. Promoções pequenas locais específicas são permitidas, as nacionais são vinculadas através da matriz. Até mesmo a decoração da loja é realizada em Miami, nos Estados Unidos. “Nós mandamos a planta baixa para eles e recebemos como deve ficar”, pontua o franqueado.

“A Subway é uma força mundial. O preço com os fornecedores é mais baixo”, diz André. Juliane informa que a marca já passou o número de franquias do McDonald’s nos Estados Unidos, e em estados como Santa Catarina e Paraná. Em 2010, a Subway deve superar o concorrente em todo o mundo.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Primeiro passo para o seu negócio

O Programa de Auto-Atendimento Negócio Certo do Sebrae de Santa Catarina é um projeto gratuito de auxílio a quem tem vontade de abrir o seu negócio. Histórias de sucesso receberam esse importante ajuda e alguns repensaram suas diretrizes com esse apoio.

Por: Renato César Ribeiro

Aquele profissional que entende bem de suas funções e tem vontade de montar a sua própria empresa tem uma ferramenta útil a seu dispor de forma gratuita. O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina (Sebrae-SC) criou o Programa de Auto-Atendimento Negócio Certo para os empresários potenciais que têm dificuldades com as questões administrativas de um negócio. Desta forma, todas as circunstâncias são analisadas para um melhor aproveitamento desse potencial.

De acordo com Marco Aurélio Murara, analista técnico do Sebrae em Jaraguá do Sul, “o Negócio Certo é a nossa principal ferramenta para atendimento de candidatos a empresário”. O programa pode ser utilizado de três formas (internet, CD-Rom e impresso) e serve para botar no papel de forma organizada as informações necessárias para abrir uma empresa. Para Murara, “esse é o primeiro passo para quem quer planejar o seu negócio”.

O Negócio Certo responde perguntas como “Quanto vou cobrar?”, “Será que estou tendo lucro pelo preço que vendo?” e “Quanto tempo demora a retornar o investimento?”. Segundo Murara, 50% do sucesso estão no conhecimento técnico e 50% no administrativo. Em 2008, mais de 77 mil pessoas utilizaram esse software e muitas delas não abriram o negócio porque perceberam que não era viável. Confira agora alguns exemplos de sucesso em Jaraguá do Sul.

foto: Renato César Ribeiro

Jaraguá Business Center

Douglas de Andrade utilizou o Negócio Certo antes de abrir o seu empreendimento, o Jaraguá Business Center. “No começo, eu tinha as idéias na cabeça, mas faltava aquele a mais. Peguei todo aquele conhecimento no site, de graça”, afirma. Ele seguiu todos os passos indicados pelo software e montou seu plano de negócios. Para complementar, Douglas foi a palestras do Sebrae e reuniões com os consultores disponibilizados.

“Eu sou novo nessa parte. O Negócio Certo facilitou muito a minha vida em relação ao que seria se fizesse tudo sozinho pagando profissionais”, avalia. O software apresenta uma previsão de quanto deve render por mês. No caso de Douglas, essa conta não fechou porque o negócio dele é novo, ainda não existia a base de dados. “Mesmo assim, ele não te dá 100%, mas fornece um gabarito bom para conhecer os procedimentos certos”, opina.

Jaraguá do Sul é a terceira cidade de Santa Catarina a ter um negócio como o Jaraguá Business Center. As outras são Florianópolis e Joinville. Esse modelo será implantado em Criciúma e Balneário Camboriu nos próximos meses. Douglas oferece quatro tipos de serviços: endereço fiscal, auditório, salas rotativas e salas integrais.

foto: Renato César Ribeiro

Bebê & Cia

A advogada Andréia Tarnowski, da Bebê & Cia, percebeu a necessidade que Jaraguá do Sul tinha em relação a produtos para bebê quando ficou grávida. Ela e seu marido, o jornalista Anderson, já pensavam em abrir um negócio próprio. Como não tinha formação em administração, Andréia procurou o Sebrae que apresentou o Negócio Certo para ela. “Comecei por ali, pois não sabia nada de administração. O software dá uma boa noção, um bom direcionamento, é bem simples e auto-explicativo”, analisa.

Após o Negócio Certo, que funciona como um mini-curso, Andréia se aprofundou no assunto fazendo o Empretec. “Eu achava que esse papo de ‘capital de giro’ era bobagem, mas daí, aprendi que não”, conta. Com quatro meses na loja, atualmente, ela cuida da Bebê & Cia durante o dia e coordena o curso de Direito da Fameg à noite.

Uma das lições aprendidas com o Sebrae é que, no início, o novo negócio não pode ser a única fonte de renda do empreendedor. O indicado é ficar, pelo menos, um ano com duas atividades até o retorno começar a aparecer. Por providência, Andréia pretende esperar dois anos até depender somente da Bebê & Cia.

foto: Daniel L. Bachmann

Adega Airoso Menezes

Tiago Airoso Menezes queria abrir a sua Adega e não tinha a mínima ideia de como poderia fazer. Ele já administrava o negócio de sua mãe e possuía amigos empresários. Isso o ajudou. Além disso, ele conversou com seu amigo de longa data Marco Murara, do Sebrae, que o indicou o software Negócio Certo. Depois, ele complementou seus conhecimentos com o Empretec.

“O Negócio Certo dá uma base legal, dá parâmetros. É legal, bem interessante e inteligente. É uma mão na roda, uma grande ajuda”, elogia Tiago, que além da Adega Airoso Menezes atua com a Enoteca Decanter. O empresário contou também com a experiência que seus amigos já tinham adquirido. “Eu fiz uma mistura grande”, revela.

Tiago analisa que o Negócio Certo é ideal para quem não tem nenhum tipo de contato com administração. “Para quem não tem base nenhuma, o software vai ajudar pra caramba”, aponta. Ele utilizou o software há três anos e a Adega Airoso Menezes está em funcionamento há dois. Um ano antes de abrir, o empresário fez cursos de vinho e do Sebrae.

Bless Cosmetics

Fernando Cavalcanti, da Bless Cosmetics, de Jaraguá do Sul, já havia feito o curso on-line “Iniciando um pequeno grande negócio”, do próprio Sebrae a alguns anos. O Negócio Certo se mostrou um programa mais atualizado e completo. “O que mais aproveitei deste programa foram as análises financeiras que indicavam a viabilidade do negócio e as dicas para a gestão do negócio e para relacionamento com o mercado”, afirma.

Mas, ele não deu muita atenção às dicas do programa em relação ao ponto de venda e resolveu apostar em um local próximo à uma fábrica onde trabalham 3 mil mulheres. “A idéia parecia perfeita e tivemos a mesma percepção compartilhada por diversas pessoas que nos falavam a mesma coisa. Porém, a realidade acabou sendo diferente das previsões. Se tivéssemos seguido à risca as sugestões do programa em relação à escolha do ponto, provavelmente teríamos atingido um resultado muito melhor no mesmo período de tempo”, analisa.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Educação infantil através do iPhone e do iPod Touch


Empresa catarinense Nexia desenvolve jogos infantis para a marca Zig Zig Zaa, da Malwee. Além das atividades educativas, o software disponibiliza informações importantes para os pais.

Por: Renato César Ribeiro

Com o advento das novas tecnologias, a marca infantil Zig Zig Zaa, da Malwee, de Jaraguá do Sul, resolveu aproveitar as possibilidades dessa interação. Através de uma parceria com a Nexia Mobile Solutions, que produziu os aplicativos para iPhone e iPod Touch, pais e filhos ganham mais um canal de interação com jogos educativos para as crianças e dicas para os adultos.

O aplicativo, que já está disponível para download na loja virtual da Apple, a App Store, é o primeiro game feito no Brasil para a plataforma. O download pode ser feito também através do site www.zigzigzaa.com.br. Os jogos são divididos por faixa etária, respeitam as diferentes fases de desenvolvimento dos pequenos e têm níveis de dificuldade: fácil, médio e difícil.

“Sombras” é a atividade para quem tem de 1 a 3 anos, apresenta bichinhos, estrela do mar, sol, lua e até um brócolis com rostinho feliz para encaixar nas respectivas sombras. O vegetal visa estimular a alimentação saudável nas crianças. Para quem tem de 4 a 6 anos, o jogo desenvolvido é o “Memória”. Conforme vai se passando de fase, o número de cartas aumenta.

“Para decidir os temas dos jogos fizemos visitas a lojas de brinquedos, sites de jogos infantis e tivemos uma série de conversas com a equipe responsável pela marca Zig Zig Zaa”, explica o sócio da Nexia, Paulo Rodacki, Doutor em Computação Gráfica. A avaliação para a faixa etária foi feita com auxílio da equipe pedagógica que coordena o trabalho de criação da Zig Zig Zaa. Foram ponderadas questões relativas aos elementos gráficos dos jogos, cores, áudio, interação com o usuário e outros.

A área destinada aos adultos apresenta informações, divididas em recém-nascidos, 1 a 3 anos e 4 a 6 anos. As ilustrações são criações exclusivas do paulista Maurício Pierro para o projeto, que levou cerca de quatro meses para ser desenvolvido.

De acordo com Jonas Henrique Jacobi, coordenador de marketing da Malwee, os jogos educativos auxiliam o aprendizado dos pequenos, desenvolvem o raciocínio lógico, a memória, a percepção visual, a coordenação motora e o desenvolvimento das habilidades e potencialidades das crianças.

Para Rodacki, foi um grande desafio criar o software, pois eles queriam que as crianças realmente sentissem vontade de brincar com o jogo. “Teríamos que aproveitar bem os recursos do iPhone para atingir esse objetivo”, afirma.

“O fato de termos sido pioneiros significa que adquirimos experiência e conseguimos resolver os problemas do projeto baseados na nossa própria competência técnica e na documentação fornecida pela Apple. Porém o pioneirismo também nos traz a responsabilidade de buscar perfeição e excelência nos nossos produtos, o que nunca é uma tarefa fácil”, aponta o Doutor em Computação Gráfica.

Até o momento, a Nexia tem conseguido o objetivo: o aplicativo da Zig Zig Zaa já foi instalado em mais de 20.000 iPhones e até agora nenhum "bug" foi reportado. Segundo Jonas, a Zig Zig Zaa acredita que tecnologia também pode ser uma ferramenta para favorecer a infância. Por isso se transformou na primeira marca de roupas brasileira a levar um conteúdo especial para o iPhone.

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“A partir da tecnologia, as crianças são estimuladas a realizarem tarefas educativas de uma maneira divertida, o que reforça o conceito da marca através de uma ação diferenciada”, ressalta o publicitário e designer D.J. Castro, sócio da Nexia.

O que chamou a atenção da equipe de desenvolvedores da Nexia é que o iPhone possui algumas características tanto para o usuário quanto para o desenvolvedor, que ainda levarão muitos anos para estarem presentes em dispositivos móveis de outros fabricantes. Para instalar as aplicações nos iPhones ou iPods Touch, publicá-las e vendê-las, é necessário pagar uma licença anual ao fabricante, ensina Rodacki.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Saiba sobre Big Apple Disco Club Band, Lucas & Eu e Ajap

Big Apple Disco Club Band: O melhor da disco

foto: Divulgação

A Big Apple Disco Club Band apresenta o melhor da disco com ênfase no anos 1970 e 1980. O grupo conta com André Regazzo, guitarra; Bruna Seabra, backing vocal; Dimitri Heler, bateria e voz; Fábio Mandryk, trombone; Jefferson Baum, trompete; Marcelo Chivas, baixo e voz; Naiana Cé, backing vocal; e Tania Liah, voz.

A banda traz o glamour, brilho e irreverência das décadas de 1970 e 1980 retratados em um show dançante. O nome Big Apple Disco Club Band é uma homenagem a uma antiga danceteria que existiu em Curitiba (PR) e também um tributo à banda Chic, que usava o título The Big Apple Band.

As influências da Big Apple Disco Club Band rondam grandes nomes como Earth, Wind & Fire, Kool & The Gang e KC & The Sunshine Band. Desde o início das atividades, em 2000, o grupo já se apresentou em cidades dos estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo.

Alguns dos sucessos no set list são “Billie Jean”, de Michael Jackson; “Dancing Queen”, do Abba; “Don’t Let Me Be Misunderstood”, de Santa Esmeralda; “Holiday”, de Madonna; “I Will Survive”, de Gloria Gaynor; “Staying Alive”, dos Bee Gees; “Y.M.C.A.”, do Village People; além de nacionais como “Sossego”, de Tim Maia; e “Joga Fora no Lixo”, de Sandra de Sá.

“Nós prometemos apresentar um show inesquecível, levando para o palco da Feijoada do Moa todo glamour, brilho e irreverência da década de 70. Inspirada nas melhores bandas Disco, a Big Apple proporciona uma viagem musical de volta às melhores pistas de dança de todos os tempos”, garante o baixista Marcelo Chivas.


Lucas & Eu: A nova sensação do sertanejo universitário

foto: Daniel Luís Bachmann

Os primos Lucas Eduardo Juckes e Roger Junckes têm 16 anos e cantam juntos desde pequenos. Lucas toca violão, viola, acordeom de 80 baixos, harmônica e faz a segunda voz. Roger, o “Eu” da dupla, faz primeira voz e toca um violão 12 cordas. Eles formam a nova sensação do sertanejo universitário da região de Jaraguá do Sul: Lucas & Eu.

Fãs das principais duplas das paradas de sucesso, Lucas & Eu apresentam canções de Fernando & Sorocaba, João Bosco & Vinícius, Edson & Hudson e demais famosos. “Nós fazemos o sertanejo universitário em uma roupagem diferenciada”, comenta Eu. Isso sem contar os mais antigos como Tonico & Tinoco e Chitãozinho & Xororó.

A jovem dupla pretende divulgar também as canções próprias, como “Minha Vida Bandida”. O nome “Lucas & Eu” foi idéia do primo Adrianinho Juckes, para se diferenciar de tantos artistas que tem surgido. Para a Feijoada do Moa, Lucas promete um show “bem bacana”, enquanto que Eu declara que “será um evento de alto nível”.


Associação Jaraguaense de Artistas Plásticos (Ajap): Arte na Feijoada

foto: Durval "Zinho" Vasel

A Associação Jaraguaense de Artistas Plásticos (Ajap) apresenta uma exposição com fotografias, pinturas e esculturas de oito artistas: Cristina Pretti, Valdete Hinnig, Angélica Fagundes, Marlene Mann, Jecy Lopes, Jonas dos Santos, Chilenus e Rosemarie Borgmann. Voltada a incrementar a prática de exposições e divulgação das artes plásticas, a instituição foi fundada em 1990, tem cerca de 30 associados e realiza em torno de nove eventos anuais.

Cristina Pretti, presidente da Ajap, conta que algumas das obras, todas contemporâneas com algumas propostas mais ousadas, expostas na Feijoada do Moa são inéditas, outras não. Ela mesma e Valdete Hinnig, vice-presidente da associação, tiveram seus trabalhos incluídos na Exposição Pretexto Contemporâneo no Serviço Social do Comércio (Sesc).

Através da Ajap, o artista consegue realizar intercâmbio de atividades, oportunidades de expor o trabalho, participar de eventos sociais e culturais, como a Feijoada do Moa, e a obtenção de informação de atividades, ideias, cursos e oficinas. Para quem for visitar a exposição, Cristina Pretti aponta que pode esperar um olhar diferenciado para a proposta dos artistas mais atuantes das artes visuais de Jaraguá do Sul.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Ricardo Amorim foi um dos destaques da Expogestão 2009

foto: Renato César Ribeiro

Economista e apresentador do programa Manhattan Connection, do GNT, Ricardo Amorim palestrou sobre o tema “Economia & Cenários” na Expogestão 2009 em Joinville. Unindo visão global com conhecimento do contexto brasileiro, ele foi um dos primeiros a prever, ainda em 2007, a atual crise mundial.

Renato César Ribeiro: Quais são os indicadores que baseiam o raciocínio de sua palestra, que mostra um futuro promissor para a economia brasileira?

Ricardo Amorim: São vários. Se você pegar o fluxo de capital dos últimos anos, nunca antes na história desse País, passou-se a se ganhar mais dinheiro aqui do que fora, com a aquisição de empresas estrangeiras pelas brasileiras, por uma série de razões. Em segundo lugar, o custo de financiamento das empresas brasileiras no exterior hoje é igual ao das empresas estrangeiras. A gente tinha uma grande desvantagem: o capital aqui custava mais caro. Só que a queda de juros no mundo tornou o capital barato em tudo que é canto, inclusive aqui. A gente passou a ter mais crescimento e mais geração de lucro. Não só empresas brasileiras, mas chinesas e indianas também. Quem está vendendo hoje são os europeus e americanos. E aí tem a ver com a crise. O que eu tento mostrar é que esse processo começou muito antes da crise.

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Renato César Ribeiro: O que fala a sua palestra?

Ricardo Amorim: O foco da minha palestra, em primeiro lugar, em algumas mudanças que tem acontecido na economia mundial nos últimos dez anos e o que isso mexe no Brasil e na vida dos brasileiros. Essas mudanças basicamente têm a ver com um papel muito maior, muito mais importante, da Ásia no mundo. E a Ásia tem duas características principais: são países muito pobres e muito populosos. Quando esses países assumem o papel mais importante, ocorrem duas mudanças que para o Brasil são fundamentais. A primeira delas é que a Índia e a China, hoje qualquer coisa que você olhe é chinês. À medida que isso aconteceu, o preço dos produtos no mundo começou a cair. Essa intensificação da globalização jogou a inflação para baixo. Então esse é o primeiro ponto. Com a inflação mais baixa, caiu a taxa de juros mundial. Essa queda da taxa de juros explica o boom de crédito que a gente teve no Brasil inteiro, é o que explica depois a crise imobiliária americana. Mas mais especificamente, para o Brasil, isso causa um momento. Um dos grandes problemas brasileiros é como os juros sempre foram muito altos, a gente não tem crédito. E por não ter crédito o crescimento sempre foi limitado. Então você olha para os últimos anos, você vê boom imobiliário, aumento de vendas no varejo, de automóveis, de bens duráveis em geral, tem a ver com isso. Essa história começa lá fora. E isso não aconteceu só no Brasil. Aconteceu em um monte de países. Então esse é um primeiro foco. Segundo foco, como esses países são muito pobres, as populações são muito pobres, quando a gente começa a crescer um pouco mais, o que eles consomem são produtos básicos, principalmente comida, toda parte de metais minerais que eles precisam quando o pessoal sai do campo, vai para cidade, e constrói infra-estrutura urbana, então isso vai desde estrada, toda a parte de intercomunicações, casas e shoppings... o que for. Para construir isso, eles precisam desses metais minerais que não existem ou existem em quantidade limitada, menos do que eles estão precisando na China e na Índia. E é daqui que eles compram. Então, a outra coisa que isso causou, é que há uma alta grande do preço desses produtos, que são as chamadas commodities. E em segundo lugar, um aumento do volume que a gente exporta disso. Essas duas coisas fizeram com que o Brasil tivesse, nos últimos anos, um superávit comercial imenso e, por sua vez, que o real se apreciasse muito, que o dólar caísse. Quando o dólar cai, os produtos importados ficam mais baratos aqui. E esses produtos mais baratos trazem a inflação do Brasil para baixo e causa aquele boom de crédito. A parte importante da história é que eu acredito que esse processo vai durar enquanto o processo de migração do campo para a cidade na India e na China continuar. Na hora que a gente olha a quantidade de gente que ainda vive no campo lá em relação ao resto do mundo, mesmo em relação ao Brasil, provavelmente isso vai durar por décadas ainda. O que significa o seguinte: mesmo que o Brasil não faça nada muito certo, é muito provável que nos próximos 10,20, 30 anos vão ser, no mínimo, bastante razoáveis para gente. Na melhor das hipóteses, vão ser espetaculares. A gente não precisa acertar tudo para que as coisas fiquem boas. A gente só precisa não errar tudo. A gente até pode errar bastante, que é o que aconteceu nos últimos anos. Você pega os últimos cinco anos, o Brasil melhorou em um monte de coisas, para mim talvez fique mais óbvio por ter passado 8 anos fora e ter voltado há 8 meses. O grande foco da minha palestra é isso: está acontecendo várias coisas lá fora que têm impacto imenso no Brasil e muito benéficos e em longo prazo. Tivemos alguns meses complicados, fala-se muito em crise, mas teremos os próximos meses nadando em braçadas. O meu foco é justamente esse; porque no ano que vem o PIB do Brasil vai estar crescendo 5% ao ano, isso vai ser sustentado por vários anos, o que isso significa pelo ponto de vista de oportunidades de negócios aqui, quais são os setores que mais vão se beneficiar com esse processo, o que dá para fazer em função disso.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Cineasta indiana também esteve na Expogestão 2009

foto: Renato César Ribeiro

Cineasta, diretora e produtora da Índia, Sharada Ramanathan veio a Joinville falar do sucesso de Bollywood na Expogestão 2009. Apesar de trabalhar nessa área, sua atuação diz respeito à Kollywood, da área de Kodambakkam na cidade de Chennai.

Renato César Ribeiro: O que os empresários brasileiros podem aprender com a Índia e seus filmes?

Sharada Ramanathan: Eu acho que nós podemos aprender uns com os outros. Eu não gosto da idéia de que somente os brasileiros podem aprender com a Índia ou só os indianos podem aprender com o Brasil. A única forma de se saber o que aprender é trabalhando junto. Se ainda não sabemos isso é porque não trabalhamos juntos suficientemente.

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Renato César Ribeiro: Você disse que você viu a novela brasileira sobre a Índia (Caminho das Índias). A Índia é daquele jeito mesmo?

Sharada Ramanathan: Sim e não (risos). É a cara de uma parte da Índia. Eu só assisti a 10 minutos ontem... Eles se inspiraram nas novelas indianas, especialmente nas feitas na língua hindi. A novela não trata necessariamente a realidade, mas uma parte dela. As roupas, a linguagem corporal, o roteiro, os cenários, as expressões... Tudo isso foi baseado em um tipo de novela da Índia. Então, Índia é aquilo mesmo? Eu acho que é um pouco daquilo sim. Para ser honesta, eu fiquei surpresa com a boa qualidade com que foi feito.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Nobel de Economia, Gary Becker, na Expogestão 2009

foto: Renato César Ribeiro

Economista e Prêmio Nobel de Economia de 1992, Gary Becker é professor de Economia e Sociologia da Universidade de Chicago. Autor de várias obras, como “Human Capital” e “The Economics of Life”. Becker é reconhecido como um dos economistas mais influentes do mundo. Ele esteve em Joinville, na Expogestão 2009, de 17 a 19 de junho.

Renato César Ribeiro: Como o Brasil pode competir com a China e Índia?

Gary Becker: A China representa um problema, sobretudo para os países em desenvolvimento, nem tanto para a Europa Central e para os Estados Unidos. Se o Brasil produzir produtos de baixa qualidade ou mais baratos, obviamente sairá perdendo. O México acabou sofrendo bastante o impacto da China, pois trabalhava mais ou menos com os mesmos produtos. Os mexicanos acabaram encontrando uma solução, começaram a trabalhar com produtos que eles não produziam. Ou você muda o seu produto ou você começa a ser fornecedor deles para coisas que eles não produzem. Uma coisa que o Brasil teria que fazer é conseguir migrar para produtos de maior qualidade. Este é um país com ótimo empreendedorismo, mas precisa ter um pouco mais de flexibilidade trabalhista. E também melhorar o capital humano, o que vai ser a chave para o futuro, ou seja, trabalhar a capacitação do sistema educacional.

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Gary Becker: A China tem inúmeras vantagens se comparada com o Brasil e mesmo com os Estados Unidos, sobretudo na área de produtos mais baratos. Se nós produzirmos no Brasil produtos de baixa qualidade ou produtos mais baratos, obviamente o Brasil sairá perdendo. As commodities acabaram se beneficiando do mercado chinês por causa do aumento na demanda. Agora, não são produtos de design, são produtos baratos e com uma qualidade relativamente decente. Nos últimos cinco a sete anos, houve esse aumento na demanda das commodities, sobretudo da Índia e da China. O Brasil é um exportador importante de commodities, assim como os Estados Unidos, que acabaram se beneficiando desse aumento que aconteceu nos preços. A China representa um problema, sobretudo para os países em desenvolvimento, eu acho que nem tanto para a Europa Central e para os Estados Unidos, principalmente porque eles têm mão de obra barata e produtos de baixa qualidade. O México acabou sofrendo bastante o impacto da China, pois trabalhava mais ou menos os mesmos produtos. Mas acabaram encontrando uma solução, começaram a trabalhar com produtos que eles não produzem. De duas uma, ou você muda o seu produto ou você começa a ser fornecedor deles para coisas que eles não produzem. Uma coisa que o país teria que fazer é ter um sistema de negócios mais flexível, conseguir migrar para produtos de maior qualidade. O Brasil é um país com ótimo empreendedorismo, mas precisa ter um pouco mais de flexibilidade trabalhista. Melhorar o capital humano, o que vai ser a chave para o futuro, ou seja, trabalhar a capacitação do sistema educacional. O Brasil nesse sentido tem um grande caminho a percorrer.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

João Carlos Martins fala de suas experiências


foto: Renato César Ribeiro

João Carlos Martins

Pianista e maestro, João Carlos Martins abriu o evento com sua palestra sobre motivação. Ele tocou piano dos 8 aos 63 anos de idade, quando teve de parar por problemas médicos. Sem saber o que fazer, ele ficou “perdido” por um mês até resolver ser maestro. Diante disso, ele conta a sua história de superação como exemplo de vida. Ele esteve em Joinville, na Expogestão 2009, de 17 a 19 de junho.

Renato César Ribeiro: As pessoas de um modo geral vêem a música como um lazer. Como ela pode ser usada na vida profissional?

João Carlos Martins: A música contribui não só na vida profissional, mas na vida em si. Já está provado que mães durante a gestão que ouvem música de Mozart, suas crianças nascem com uma disposição para a reflexão desde os primeiros meses. Isso foi provado cientificamente. Crianças que durante a infância tenham ouvido música boa, pode ser popular ou clássica, ganham uma disposição contra a agressividade. Em hospitais, pessoas que estão em estado terminal, que têm a oportunidade de ouvir música, têm um alívio muito grande.


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João Carlos Martins: Aconteceu um caso comigo. No dia 30 de dezembro do ano passado, fui visitar um amigo que tinha mais dois dias de vida, chamava-se Vicente Amado, no Hospital 9 de Julho, em São Paulo. Sem conseguir falar praticamente, ele me pediu: “João, daria para você tocar uma música para mim no hospital?”. Eu falei: “Claro! Amanhã, eu venho tocar” (dia 31 de dezembro). Fui para o hospital com toda a parafernália, com teclado, caixa de som... Cheguei, e me falaram que ele já estava na UTI. “Não pode subir”. Depois de uma hora, entrei com piano e tudo dentro de uma UTI. Seis dos outros 12 pacientes, que estavam lúcidos, pediram para aproximar a cama quando souberam que eu ia tocar. Eu toquei três peças. No dia seguinte, o hospital me telefonou dizendo que todos os pacientes tiveram um upgrade depois que passei tocando música clássica.

Renato César Ribeiro: Você é um apaixonado por Bach. Qual a diferença de Bach para outros grandes mestres?

João Carlos Martins: Bach foi a síntese e a profecia de tudo. Villa-Lobos podia fazer as bachianas brasileiras, mas nunca as mozartianas brasileiras. Porque Bach foi influência em toda música do Ocidente desde o dia em que ele compôs a primeira nota. Ao mesmo tempo, ele sintetizou a música de antes do nascimento dele. Então, hoje, quando você pensa que Villa-Lobos se inspirou em Bach, também na África, um compositor pode se inspirar em Bach. Ele, sem sair de um raio de 500 quilômetros de onde ele viveu, talvez tivesse a intuição de que seria a origem de tudo. E se nós, um dia, chegarmos a marte, ou a qualquer outro planeta onde haja civilização, Bach vai chegar na primeira nave espacial.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Cláudia Raia dá brilho à Texfair 2009


Feira de têxteis de Blumenau comemora 10 anos com presença de estrelas nacionais e importantes expositores da região. As marcas locais Lunender, Malwee, Elian, Mannes, Marlan, Bugaloo (BGO), Altenburg, Buettner, Dohler, Hering e Lepper se destacaram entre os 200 expositores.

Por: Renato César Ribeiro
Fotos: Edson Pelence

O stand da Lunender estava abarrotado de gente no final de tarde da quinta-feira, 14 de maio, penúltimo dia da Texfair 2009, Feira Internacional da Indústria Têxtil, na Vila Germânica em Blumenau. O alvoroço era grande, centenas de fãs se exprimiam à espera da atriz global Cláudia Raia, garota-propaganda da Lunender, de Guaramirim. A chegada da estrela estava marcada para as 16 horas, mas, devido aos atrasos do vôo, já passava das 17h e nada dela.

De repente, todos se viram para um lado só, os flashs começam a pipocar de várias máquinas digitais amadoras, os câmeras das redes de televisão posicionam seus apetrechos e os fotógrafos profissionais disparam fotos sem parar. Essa é a chegada triunfal da sempre elegante Cláudia Raia. Com passos firmes e brilhando com um largo sorriso, a atriz destoa com sua beleza acompanhada de seguranças fortes e altos.

Ela é graciosa, dá atenção a todos na medida do possível e agüenta com tranquilidade as duas horas de autógrafos e fotos de fãs. Ouvem-se vários elogios vindos da multidão. Ela agradece a todos. Uma voz masculina pede: “Cláudia, casa comigo?”. Sem perder a pose, a atriz responde: “Não posso! Já sou casada”. Em meio ao turbilhão, flashs e todo o alvoroço que uma presença como a dela causa, Cláudia Raia teve um tempinho para responder a algumas perguntas da redação da Revista Nossa.

Entrevista Cláudia Raia

Revista Nossa: O que você acha de tanta comoção ao seu redor?

Claudia Raia: Que delícia! Que carinho gostoso! A nossa profissão a gente trabalha com o sonho, com a emoção. É tão gostoso quando você consegue emocionar as pessoas. Há tanto tempo que eu entro na casa dessas pessoas sem pedir licença, eu sinto que elas têm uma identidade comigo. Isso é muito gostoso. Eu gosto de fazer muitos trabalhos que são ao vivo, onde eu encontre com as pessoas. Para mim, isso é muito importante. Esse é o verdadeiro aplauso do artista.

RN: Você saiu da novela “A Favorita” recentemente e o que você está preparando agora?

CR: Estou preparando um musical que vou levar pelo Brasil, para lugares inusitados. Eu vou ao encontro de pessoas que não conseguem ver esse tipo de projeto no Rio de Janeiro e em São Paulo. Eu quero ir até essas pessoas, mas não a teatros exatamente. Eu quero ir a galpões, praças públicas, a lugares que as pessoas acham que eu não iria. Eu vou encontrar essa tribo, essas pessoas que geralmente não vão ao teatro. Eu quero mostrar o meu trabalho musical a elas.

RN: Faz tempo que você não faz musicais?

CR: Eu fiz “Sweet Charity” que foi dois anos atrás.

RN: O que você acha de cinema? Do cinema brasileiro?

CR: Maravilha. Eu fiz agora uma participação pequena no “Os Normais”. Acho que o cinema nacional está crescendo e crescendo e é isso aí. É para lá que tem que ir mesmo.

RN: Como você cuida da sua imagem? O que faz, o que não faz, ou deixa de fazer?

CR: Em geral, eu faço tudo que tenho vontade de fazer. Só tem algumas coisinhas: Não ir ao shopping center aos sábados, por exemplo, não ir à praia aos domingos... Coisas que você se preserva um pouquinho, mas dá para fazer tudo.

RN: Você é uma artista exemplo...

CR: Obrigada.

RN: Ao contrário de outras que bebem e não dão um bom exemplo, como a cantora Amy Winehouse. O que você diria para as pessoas em relação à vida?

CR: Eu diria para as pessoas se cuidarem melhor, terem carinho com si próprias. Acho que dá para fazer tudo, dá para se divertir, se quiser, dá beber um pouco – por um acaso, eu não bebo... Tudo com moderação, cuidando da saúde. E o mais importante de tudo: sendo feliz, porque isso não tem preço.



Expositores da região marcaram a Texfair 2009

A Malwee estava presente com suas três marcas: Malwee, Carinhoso e Zig Zig Zaa. O gerente de marketing Wilmar Raboch mencionou que a empresa participa da Texfair desde sua primeira edição. A novidade na feira desse ano é a incorporação da brasilidade nos lançamentos primavera-verão. “Fazemos uma pesquisa mundial contínua e, desta vez, decidimos adaptar a questão Brasil com todas as suas regiões”, explica Raboch.

No evento, a Malwee não estava vendendo roupas, apenas apresentando a coleção. Além disso, a empresa disponibilizava traslados de Blumenau a Jaraguá do Sul para visitar a fábrica. A linha intitulada Braço Brasil é carregada de símbolos, ícones de brasilidade, como a calçada de Copacabana e a cerâmica marajoara.

A Elian, sediada em Jaraguá do Sul, destacou a campanha “eu quero ser criança”. “Queremos trazer para o mundo das crianças as brincadeiras de nossos pais. Nada de eletrônico”, revela Edna Maria Felipe, da coordenação de marketing. Por isso, as roupas são confortáveis, para o dia-a-dia. Não são vestimentas como “mini-adulto”. As imagens trazem brincadeiras como cabo de guerra e esconde-esconde. A marca adulta da Elian é a E-way, que foi reposicionada assinada “estilo você”.

A Marlan, de Guaramirim, tinha o objetivo de divulgar a marca. “Viemos para consolidar a marca. A Marlan acompanha seus clientes desde os primeiros passos até a pessoa se tornar adulta”, expõe Isa Póvoas, responsável pelo marketing da empresa.

Alexandre Vaz, diretor da Mannes, de Guaramirim, afirmou que sua empresa entrou na Texfair para mostrar a nova coleção de travesseiros, de visco elástico, 100% látex. Antes, eles só trabalhavam com colchões. “Agora trouxemos a tecnologia líder de mercado da Mannes para os travesseiros”, diz.

Bom para alguns, ruim para outros

Para a indústria de roupas, o que mais foi dito era que as edições anteriores da Texfair tiveram melhores resultados. Apesar da presença de ícones como Claudia Raia, Henri Castelli e a ex-BBB Priscila Pires, a ausência da Marisol foi bastante sentida pelos concorrentes. “Em relação ao ano passado, menos pessoas passaram por aqui”, avalia o gerente de marketing da Malwee, Wilmar Raboch.

Isa Póvoas, marketing da Marlan, considerou o movimento “bem fraco” em relação às edições anteriores. Apesar de ser o primeiro ano da Marlan no evento, Isa Póvoas, já participou pela Malwee. Resultados positivos vieram da área de cama, mesa e banho. Quem aprovou a Texfair 10 foi Alexandre Vaz da Mannes. “Abrimos muitos clientes”, considerou.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Lixo é problema sério


Hoje em dia, a maioria das pessoas já sabe o que é coleta seletiva e reciclagem. Sabe-se da importância de reaproveitar materiais. Mas isso ainda não se tornou uma prática normal para milhares de brasileiros. O que falta? E o que fazer?

Por: Renato César Ribeiro

A preocupação ambiental é cada vez mais flagrante em todo o planeta. Já é conhecimento universal que é importante separar o que é do que não é reciclável. Mas muita gente ainda resiste. Por isso, no Rio de Janeiro, em 1991, surgiu a Recicloteca, que é um Centro de Informações sobre Resíduos Sólidos e Meio Ambiente.

Criado pela ONG Ecomarapendi e patrocinado pela Ambev, o projeto pesquisa, organiza e difunde informações sobre as questões ambientais, com ênfase na redução, reaproveitamento e reciclagem do lixo. A Recicloteca é uma das organizações pensantes do Brasil na preocupação com o meio ambiente.

Eduardo Bernhardt, consultor da Associação Ecológica Ecomarapendi e da equipe da Recicloteca, avalia que a reciclagem virou uma jogada de marketing: “Isso a tornou pouco direcionada à questão ambiental e muito à do lucro”. É por isso que ele vê “de maneira angustiante e pouco esperançosa” essa causa no País.

Diminua o lixo

Porém a reciclagem é um ato útil sim. “A reciclagem é útil, pois na maioria dos casos ajuda a diminuir a quantidade de lixo nos lixões, poupa energia elétrica, água e gera emprego e renda. Mas sob o aspecto ambiental ela não é tão importante quanto reduzir a quantidade de lixo na fonte e reaproveitar o que se puder”, explica Bernhardt.

Ele complementa que diminuir a quantidade de lixo que geramos é a maneira mais rápida, fácil, eficiente e inteligente de se minimizar os problemas sociais, ambientais e econômicos. “Qualquer um pode praticar a redução escolhendo os produtos que venham com menos embalagem ou mesmo sem embalagem nenhuma”, complementa.

Ações em Santa Catarina

Não é só no Rio de Janeiro que existe a preocupação com a coleta seletiva. Nos dias 21 e 22 de março, mais de 50 barcos participaram do Velejando pela Copa Verde, uma regata que reuniu dicas e mensagens ecológicas, na Lagos da Conceição em Florianópolis. Em Balneário Camboriú, alunos do Maternal do Núcleo de Educação Infantil Anjo da Guarda se mobilizaram no Dia do Consumidor Consciente, 13 de março. “A natureza está pronta a nos ajudar desde que façamos a nossa parte”, afirmou Ana Paula Ramos, coordenadora de Balneário Camboriú.

A empresa responsável pela coleta seletiva de lixo em algumas das principais cidades catarinenses é a Ambiental (ex-Engepasa). Em municípios como Itajaí, Jaraguá do Sul, Joinville e São Francisco do Sul (SFS) esse trabalho é realizado. Paulo Eduardo, gerente da Ambiental de SFS, explica que no seu caso, o coletado é doado à Aecar (Associação Ecológica de Catadores de Materiais Recicláveis de São Francisco do Sul.

Naquela cidade litorânea, são coletados em torno de 35 toneladas de lixo seletivo por mês, montante que a Aecar vende e divide a renda entre seus cooperados. Paulo confirma que esses trabalhadores têm reclamado do baixo valor oferecido, o que tem feito com que muitos migrem para outras atividades.

Sobre uma resolução da questão, Paulo tem sua posição bem clara: “Não há solução mágica que possa resolver o problema. A meu ver, é preciso conscientização e empenho de todos neste sentido”.

Caminho para a solução

Para Eduardo Bernhardt, um avanço na questão ambiental seria a aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que tramita em Brasília há cerca de 15 anos. “Mesmo que ela saia com falhas, pode ser usada como um marco regulatório para que estados e municípios ajam em uníssono especialmente para que o lixo seja tratado sob a luz de um plano de gerenciamento de resíduos e não como uma obra ou serviço municipal comum”, opina.

A partir disso, educação, políticas públicas e envolvimento dos empresários deixam de serem ações pontuais, desencontradas e temporárias para realmente fazerem parte da solução. “O lixo é um problema sério demais pra ser tratado como apenas mais uma responsabilidade humana”, alerta Eduardo Bernhardt.

Ações práticas

Sacolas: O uso de sacolas retornáveis em detrimento às sacolas plásticas é uma forma de diminuir a quantidade deste tipo de resíduo.

Mate, guaraná natural e sucos: prefira os que vem concentrados. Pode-se reduzir o volume e peso do lixo oriundo destas bebidas em até 80% escolhendo as bebidas concentradas, que, aliás, acabam custando menos.

Amaciante de roupas: em alguns lugares já existe a versão concentrada em embalagem de 500 ml que rende o mesmo que uma embalagem de 2 litros. Redução de 75 % no volume e peso deste resíduo.

Leite: o leite de saquinho é mais saudável que o leite em embalagem longa vida. O saquinho não só é mais leve e menos volumoso que a caixa longa vida, como poderá ser totalmente reciclado. Da longa vida geralmente se recupera apenas o papel. O resto é jogado fora.

Sardinha: evite comprar aquele tipo que vem numa lata envolvida com um plástico ou caixinha de papelão.

Frios: evite comprar os que vem em bandeja de isopor. O isopor não protege nada, é pura estética. Vira um resíduo que dificilmente será reciclado. Peça para colocar seus frios fatiados em um saquinho de plástico. Dá no mesmo pra consumidor.

Filtro de Café: evite os filtros de papel, descartáveis. Prefira um filtro de café permanente, aquele que tem uma telinha bem fina, que é lavável e será usado inúmeras vezes.

Biscoitos: prefira as embalagens convencionais, evitando as que trazem os biscoitos duplamente embalados, ou seja, saco dentro do saco.

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Como reciclar e fazer a coleta seletiva?

Bernhardt esclarece que “em primeiro lugar é preciso saber quem vai receber o material reciclável. A seguir é só separar os materiais que serão recolhidos ou levados a esse lugar. É fundamental que os materiais estejam limpos e secos”. Algumas ações simples, além de serem benéficas para o meio ambiente, geram economia de dinheiro. “Não é raro que produtos com mais embalagem sejam mais caros”, avisa.

O problema da reciclagem atualmente é o baixo preço do material para os catadores e cooperativas. Também tem a dificuldade que as pessoas normalmente não lavam as peças antes. “Isso reduz o valor do material e expõe essas pessoas a doenças”, alerta o membro da equipe da Recicloteca.

Não recicláveis

De acordo com Eduardo Bernhardt quase tudo é reciclável. O problema é que para devidos materiais não existe a tecnologia ou não é economicamente viável, como por exemplo da segunda situação, o caso do poliestireno expandido, conhecido popularmente como isopor. De modo geral, o que hoje não precisa ser parte da coleta seletiva é:

Papéis não recicláveis:
- Papéis e plásticos compostos, especialmente os que venham com um lado aluminizado;
- Papel higiênico, guardanapo e toalhas de papel usadas;
- Papel sujo;
- Papel carbono, laminado e vegetal;
- Celofane.

Plásticos não recicláveis:
- Espuma, isopor e adesivo;
- Fraldas descartáveis.

Metais não recicláveis:
- Latas de aerossol, inseticida e tinta.

Pilhas, baterias e lâmpadas podem ser recicladas, mas na prática não há iniciativas de fazê-lo em larga escala.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

O biógrafo do mago


O escritor Fernando Morais passou por Joinville no dia 26 de março para divulgar sua mais recente obra: “O Mago”, sobre Paulo Coelho. Antes de participar do Happy Art, no shopping Mueller, o biógrafo do mago conversou com a revista Nossa.

Por: Renato César Ribeiro
Foto: Renato César Ribeiro

Revista Nossa: Como é sua relação com o Paulo Coelho? Como você conseguiu pegar tantas informações para o livro?

Fernando Morais: Eu não conhecia o Paulo há cinco anos quando eu tive a ideia de fazer a biografia dele. Tinha lido só os dois primeiros livros, o “Diário de um Mago” e “O Alquimista”, e, para minha surpresa, ele topou. Ele disse que já tinha recusado mais de 30 convites de autores europeus e norte-americanos. E, sobretudo, manteve a disposição de aceitar que eu fizesse o livro mesmo depois que ele soube que não leria os originais. Ele só leria o livro impresso junto com mais 100 mil leitores. Entre trabalhos e entrevistas, eu fiquei meses grudado nele de 8 horas da manhã a meia noite. Depois voltei para o Brasil e fiz mais de cem entrevistas com pessoas que gravitaram na órbita dele: amigos, inimigos, namorada, o médico que deu choque elétrico nele no hospício, o tira que o torturou na cadeia, enfim, todo mundo. Todo mundo que eu pude identificar e localizar eu ouvi. Levantei documentos nos órgãos de segurança, levantei habeas data na Abin, com todos os registros que tinha de Dops e Doi-Codi. Com essa maçaroca na mão, sentei e escrevi.

RN: Como é o trabalho de você pegar tanta informação e parar para escrever?

FM: O computador ajuda muito hoje. Lembro, quando eu fiz um dos meus primeiros livros, dos japoneses, “Corações Sujos”, eu grudava fotos de todos os personagens na parede do escritório para me organizar. Fazia organogramas: aqui é o núcleo de fulano de tal, aqui é a família, aqui é isso... E cortar, colar, juntar porcariada de papel... Hoje acabou isso. Você tem programas para organizar a maçaroca que você levantou. Então, o meu irmão caçula, que entende de computador, criou para mim um programa para poder organizar tudo. Então na hora que eu digitava, por exemplo, “droga” ele indicava onde tinha referências. Isso facilita muito as coisas. Mas não substitui o esforço de escrever bem, de reescrever mil vezes o que for o parágrafo até ficar elegante.

RN: Você fez também o livro da Olga e de Assis Chateubriand. São personagens que já morreram. Como que é você fazer um texto de alguém que está vivo?

FM: Tem vantagens e desvantagens. A vantagem é que nada substitui o olhar do autor. Para fazer Olga e Chatô, todas as informações eram de segunda mão, às vezes de terceira, quarta mão. Poder ver o personagem, nem que seja por um dia, uma hora, sei lá, enriquece muito, facilita muito o trabalho do autor. Mas tem uma desvantagem que te traz conflitos éticos. Eu, por exemplo, às vezes na hora que eu estava escrevendo, ficava em dúvida se punha ou não determinada informação. Eu pensava: será que é eticamente correto eu publicar um negócio escandaloso desse? Um cara que está sendo tão generoso comigo, está abrindo a casa dele para mim, está abrindo a alma para mim... Então tem problema sim. Eu prefiro morto. Agora que eu experimentei as duas alternativas, morto é melhor.

RN: Você chegou a podar mesmo alguma parte?

FM: Não. Esse conflito acabou no dia em que minha mulher disse para mim o seguinte: Você está ameaçando transferir para o seu leitor uma censura que o Paulo não te pediu. Em nenhum momento ele me falou “olha, não fala de sexo, não fala de droga, ou não fala de satanismo, ou não fala de hospício”. Não pediu nada. Então porque que eu ia impedir o leitor de ter acesso à informação se ele, que era o grande prejudicado pela revelação, não pediu.

RN: Esse seu biografado é o mais amplo de temas em relação aos outros...

FM: É, porque o Paulo viveu tudo, foi tudo, foi cristão, foi satanista, o Paulo foi drogado, experimentou tudo que é tipo de droga, foi rockeiro, jornalista, dramaturgo, o Paulo foi executivo de multinacional. Então é uma variedade de atividades que enriquece muito o personagem.

RN: Você estava fazendo a biografia de alguém muito famoso. Consequentemente tem a certeza de sucesso...

FM: Não, ninguém tem certeza de sucesso. Claro que o Paulo é um personagem muito importante e, sobretudo, como é um livro muito revelador, eu imaginava que fosse ter um bom desempenho. Eu não imaginava que fosse dar no que deu, ser publicado em 40 e tantos países e tal. Mas é a mesma coisa, não muda não. Eu faço todos os livros com o mesmo empenho, sempre procurando fazer o melhor.

RN: Com tanta informação, como é que você sabe por onde começar o livro?

FM: É uma coisa curiosa. O tempo todo eu fiquei imaginando como começar esse livro. Cada vez que aparecia uma história forte, dramática, eu falava “vou usar essa história para abrir e depois usar um flashback”. Aí eu acabei chegando à seguinte conclusão: eu preciso contar para o leitor nas primeiras páginas porque que eu me interessei, porque tive a curiosidade de escrever sobre esse cara, então eu preciso dar um retrato, um instantâneo do Paulo Coelho hoje. Então, eu pego ele no aeroporto sem que eu apareça e vou contando, conto ele com o público, em casa, no hotel, com a mulher, com os fãs, ele flertando com a moça na rua, príncipes assediando ele, sheiks, mulheres do mundo inteiro, celebridades, Bill Clinton, Julia Roberts, Vladimir Putin, todo mundo ali. Para quê? Para dizer para o leitor o seguinte: Agora você vai saber quem é esse cara, porque que ele é o que é hoje, porque ele é isso. Aí eu mergulho na vida dele.

RN: O Paulo Coelho mesmo já falou que baixa arquivos na internet porque fazem cópias dos livros dele. Qual a sua relação com essa questão da pirataria?

FM: Eu não concordo com o Paulo. Eu sou muito cioso de direito autoral. Porque só teria sentido você abrir mão de direitos autorais se todo mundo abrisse. Eu pago para ler outros livros, pago para ouvir música, para ver televisão, ir ao cinema. Porque as pessoas terão de ler aquilo que é fruto do meu trabalho sem pagar? Eu me lembro que em Cuba, no começo da revolução, não tinha direito autoral. Eles se inspiraram na União Soviética e na China baseado num princípio que dizia que todo conhecimento é propriedade da humanidade. O seu conhecimento, que você sabe, o que te levou a ter o conhecimento que você tem, foi o desenvolvimento da humanidade ao longo dos tempos. Portanto, isso não pode ser propriedade sua. Isso é propriedade coletiva. Aí tudo bem, se for assim eu topo. Agora, tem que ser para todo mundo. Não pode ser só para autor.

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RN: Como é você escritor escrever sobre outro escritor?

FM: No caso do Paulo, foi uma vantagem o fato de ele ser escritor. Tem um pouco da sensibilidade que ele tem para isso. Para a atividade da gente. Mas ajudou também o fato de a gente ser contemporâneo, de a gente ter mais ou menos a mesma idade. Então, quando ele falava de 1968, ele estava fazendo isso e aquilo, eu me lembro que eu estava de um lado, ele estava do outro. Mas facilita, dá mais familiaridade ao escritor.

RN: Como é o trabalho de você pegar tanta informação e parar para escrever?

FM: O computador ajuda muito hoje. Porque eu me lembro que para os meus primeiros livros, eu grudava as coisas na parede do escritório. Lembro, quando eu fiz o livro dos japoneses, “Corações Sujos”, eu grudava fotos de todos os personagens na parede do escritório para me organizar. Fazia organogramas: aqui é o núcleo de fulano de tal, aqui é a família, aqui é isso... E cortar, colar, juntar porcariada de papel... Hoje acabou isso. Você tem programas para organizar a maçaroca que você levantou. Então, o meu irmão caçula, que entende de computador, criou para mim um programa, para o livro do Paulo, para poder organizar tudo. Então na hora que eu digitava, por exemplo, “droga” ele indicava “tem referência à droga na entrevista tal, na entrevista tal tem um áudio onde o Paulo fala de droga, tem a ficha policial dele”. Então, isso facilita muito as coisas. Mas isso não substitui o esforço de escrever bem, de reescrever mil vezes o que for o parágrafo até ficar elegante.