A ausência de ligações residenciais de esgoto contribui para o índice de coliformes fecais apontados no relatório mensal da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fatma), em análise à qualidade das águas da região. O caso é notório na Praia de Taquaras, mesmo com a construção em julho de 2008 de uma moderna estação de tratamento para atender a demanda da localidade.
A EMASA – Empresa Municipal de Água e Saneamento - orienta a população de Taquaras, em Balneário Camboriú, a autorizar serviços de ligação doméstica. Isso é fundamental para que os resíduos encontrados nas tubulações residenciais cheguem até às caixas de inspeção instaladas nas vias públicas. O meio ambiente será preservado com a compreensão dos moradores para qualificar o sistema.
A ETA de Taquaras vai atender cinco mil pessoas, incluindo ainda as localidades de Laranjeiras e Estaleiro. Atualmente esse número não foi atingido devido também à ausência de ligações residenciais. Os efluentes que não chegam à estação hoje são tratados em fossas sépticas individuais ou despejados em galerias pluviais.
Foi pensando no meio ambiente que o diretor geral de Emasa, Ney Clivatti, decidiu cobrar dos moradores que efetivamente utilizem a rede coletora de esgoto. “Como temos uma estação de tratamento de esgotos na praia de Taquaras precisamos fazer com que todas as saídas sejam encaminhadas para lá para que o efluente seja tratado”, afirma.
Orientação aos moradores
A ligação da rede doméstica de esgoto é de responsabilidade de cada morador, mas a Emasa disponibilizou uma equipe de técnicos para auxiliar nessa tarefa. Os técnicos visitam os moradores da praia de Taquaras, orientam sobre a ligação e prestam toda a assessoria necessária.
Outra frente de trabalho da autarquia é uma parceria com a Vigilância Sanitária para fiscalizar e multar quem não fizer a ligação do esgoto à rede coletora. “Por enquanto, estamos apenas orientando. Mas, se for preciso, vamos exigir que cada um faça a sua parte para manter a praia limpa”, avisa o diretor geral de Emasa.
Em alguns municípios como Gramado, no Rio Grande do Sul, os moradores são obrigados por lei a instalar a rede doméstica em complementação ao sistema de esgoto. O tema foi apreciado recentemente em matéria na Câmara de Vereadores daquela cidade.
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