Por: Ronaldo Corrêa
O presidente da SCAR – Sociedade Cultura Artística, Udo Wagner, propôs à classe empresarial a criação de um fundo permanente para assegurar recursos à manutenção do Centro Cultural de Jaraguá do Sul. Wagner participou da plenária da ACIJS-APEVI na segunda-feira (02/03), quando apresentou dados sobre a situação financeira do empreendimento e expôs preocupação com o déficit mensal do Centro Cultural, inaugurado em 2003.
“A SCAR é um patrimônio da comunidade, mas a verdade é que a manutenção do Centro Cultural preocupa. Infelizmente não há programas que permitam o incentivo fiscal para a manutenção de espaços culturais, o que nos leva a colocar a situação de modo totalmente transparente e a buscar o auxílio dos empresários, que sempre apoiaram a entidade”, observou.
Conforme Udo Wagner, o Centro Cultural é uma referência em eventos com reconhecimento por parte do público, produtores e artistas. Desde que foi inaugurado, em 2003, vem reunindo atrações nacionais e internacionais, além das produções locais e dos núcleos da própria SCAR. Em 2008, foram 293 eventos e quase 100 mil espectadores. “Isto dá uma média de quase 1 evento por dia, o que é impressionante, com 7 mil pessoas por mês”.
Por outro lado, a receita da entidade vem se mantendo inferior ao custeio. Enquanto a arrecadação é de R$ 31 mil mensais, as despesas são de R$ 52.500,00, com uma defasagem mensal de R$ 21.500,00.
Para viabilizar a manutenção, Udo Wagner sugeriu aos empresários formas de apoio, seja através de patrocínios a eventos culturais, seja por meio de apoios em troca de publicidade às marcas das empresas em espaços a serem criados no Centro Cultural. Além disso, ele propôs que o CEJAS – Centro Empresarial de Jaraguá do Sul, condomínio que reúne as entidades de classe do setor produtivo repasse via doação dos seus associados um valor mensal que seria destinado para ajudar nas despesas financeiras.
O presidente da SCAR acredita que o controle das despesas fixas permitirá que a SCAR mantenha os seus projetos culturais, apoiados pelas leis de incentivo. “Tendo projetos é certo que as empresas continuarão apoiando. O que precisamos é resolver a questão da manutenção”, assinalou.
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