O marketing social é uma das ferramentas mais aplicadas à gestão de projetos e programas sociais, na apropriação de conhecimento e bem estar social
O que é marketing social? Quais os benefícios que as empresas têm ao utilizar essa ferramenta? O termo Marketing Social surgiu em 1971 para descrever o uso dos princípios e técnicas de marketing na promoção de uma causa, idéia ou comportamento social. Modernamente, passou a significar uma tecnologia de gestão das mudanças sociais, associada à implantação e ao controle de projetos que visam atenuar ou eliminar problemas sociais, nos campos da saúde, educação, trabalho, habitação, saneamento ambiental, etc.
O Marketing Social ou Marketing para Causas Sociais, como costuma também ser denominado em outros países, diz respeito ao esforço mercadológico no sentido de associar uma marca ou instituição a uma causa social, que pode ser o desenvolvimento de campanhas (para prevenção da saúde e o estímulo à leitura, por exemplo) doações para entidades assistenciais, parcerias com entidades filantrópicas, desenvolvimento de trabalho junto a comunidades carentes etc.
Janaina Muller e Josi Lopes, advogadas responsáveis pela Setor3 consultoria, empresa que atua há dez anos com ONGs e demais entidades ligadas ao terceiro setor, desenvolvendo junto a empresas projetos socialmente responsáveis. O posicionamento sustentável das empresas privadas vem sendo observado atentamente por seus stakeholders (clientes, colaboradores, fornecedores, consumidores, comunidade etc.). “Comprovou-se, através de pesquisas efetivas realizadas por institutos renomados como o Akatu, que quatro em cada dez consumidores preferem até pagar mais por produtos e serviços que sejam oferecidos por empresas com um real comprometimento com o meio ambiente, a cultura e a sociedade em que está inserida” declaram.
As advogadas desmentem o mito de que tais projetos demandam altos investimentos ou uma manutenção muito intensa, pois atualmente as empresas têm facilidades para se tornar sustentável. “O melhor de tudo isso é a existência de leis de incentivos fiscais, que proporcionam um retorno duplo para quem os aplica. Leis como a Rouanet, Lei de Incentivo ao Esporte e o PAC (abatimento no ICMS) podem garantir que essas ações aconteçam a um custo x benefício excelente”, explicam.
Segundo Janaina Muller, a grande maioria das empresas que dizem investir em responsabilidade social usam um marketing de fachada, ou seja, o marketing relacionado que está voltado apenas para o beneficio com os negócios. “Esse tipo de marketing é voltado apenas para melhorar a imagem da instituição sem pensar no ganho ou perda da sociedade. As organizações dizem adotar medidas sócio-responsáveis, mas inúmeras vezes esse conceito adotado foge de qualquer avaliação em prol da sociedade”, enfatiza.
Para a consultora a gestão estratégica nada mais é que um processo de introdução de inovações sociais, com base na adoção de novas atitudes, comportamentos e práticas individuais e coletivas, orientadas por preceitos éticos, fundamentadas nos direitos humanos e na eqüidade social. “Em todo o mundo, atualmente, o marketing social é uma das ferramentas mais aplicadas à gestão de projetos e programas sociais. Apropria-se de conhecimentos adaptando-se à promoção do bem estar social”, argumenta.
Josi dá dicas para empresas que desejam assumir questões sociais de forma coerente. “Trabalhar com objetivos claramente definidos, metas mensuráveis, pesquisas e avaliações quantitativas e qualitativas, além de desenvolvimento de tecnologias sociais para segmentos específicos esse é o intuito da empresa que busca o bem-estar da sociedade”, avalia.
As consultoras afirmam que o marketing social é justamente isso fazer o bem para aparecer e não ao contrário. “É importante posicionar na mente dos adotantes as inovações sociais que pretende introduzir, programa de estratégias, cria, planeja e executa campanhas de comunicação para satisfazer necessidades que não estão sendo atendidas, estabelecendo novos paradigmas sociais”, concluem.
Sobre o Setor Três
Consultoria e assessoria especializada no Terceiro Setor, a Setor Três presta serviços a diversas ONGS espalhadas pelo País. Alem de atuar junto a esse segmento, a Setor três desenvolve projetos de “responsabilidade social e ambiental empresarial e planos de investimento social privado junto às empresas”. Antes de entrar para a faculdade de Direito, Janaina Muller já trabalhava como voluntária em ONGs, sem compromisso efetivo. Essa experiência serviu de base para que a advogada desenvolvesse uma visão mais critica sob o ponto de vista dos problemas enfrentados pelos administradores das entidades, como a falta de recursos e de pessoal qualificado para lidar com o público alvo e de como disseminar o ideal das ONGs. Mais informações pelo site www.setor3consultoria.com.br ou pelo telefone 13. 3288.1706
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