segunda-feira, 23 de março de 2009

Carlito participa da homenagem a Paulo Wright

O prefeito de Joinville, Carlito Merss, participou na sexta-feira da homenagem ao ex-deputado catarinense Paulo Stuart Wright, que desapareceu em São Paulo, em 1973, durante a ditadura militar. No evento, com a presença do ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência, Paulo Vannuchi, e dos governadores Luiz Henrique da Silveira (SC) e José Serra (SP), Carlito foi lembrado por Derlei de Luca, coordenadora do Pró-Memória dos Mortos e Desaparecidos.

"Você lembra Carlito? Quando inauguramos a homenagem ao Paulo no Plenarinho da Assembléia conseguimos reunir no máximo dez pessoas. Hoje o auditório está lotado. A luta que era de poucos agora é de todos", disse Derlei.

Foi Carlito, quando presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia, quem sugeriu o nome de Paulo Stuart Wrigth ao Plenarinho. "A Anistia não deve servir apenas para apagar os crimes. É preciso dar às famílias o direito de enterrar seus mortos", destacou Carlito.

O prefeito conversou com o João Paulo Wrigth, filho do ex-deputado. João Paulo também pediu mais transparência. "Temos uma democracia que, ao que parece, é consolidada. Não dá para aceitar que um país que cassou um presidente não possa abrir os arquivos da ditadura. Nós precisamos enterrar os nosso mortos", afirmou emocionado.

Além da cerimônia no Plenarinho, as autoridades participaram da inauguração do monumento na Praça Tancredo Neves É uma placa de vidro sustentada por estrutura de ferro, com uma foto e dados biográficos de Paulo.

Quem foi Paulo Stuart Wright

Nascido em Joaçaba, em 1933, Paulo Stuart Wright era sociólogo. Trabalhou na construção civil, ajudou a criar os primeiros sindicatos de Joaçaba, foi o primeiro candidato protestante à prefeitura do município e líder do movimento Ação Popular, originário dos egressos dos movimentos estudantis Juventude Universitária Católica (JUC) e Associação Cristã de Acadêmicos (ACA).

Em setembro de 1973, foi seqüestrado pelo Exército e levado ao Doi-Codi de São Paulo, onde foi morto por torturas. Ainda não se sabe o que fizeram com seus restos mortais.

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