Empresa de consultoria banca economia de água em edificações comerciais
Poucas pessoas sabem, mas até o ano de 2003 todas as louças e metais sanitários eram vilões do desperdício da água. Portanto edificações com mais de cinco anos que não passaram por um retrofit hidráulico têm uma grande oportunidade de reduzir suas despesas e ainda economizar o precioso liquido. Mirando esse mercado, a H2C, consultoria especializada em uso racional da água, criou uma nova forma de lucrar com a preservação da água. "Primeiro realizamos uma avaliação prévia das condições hidrossanitárias, então fazemos os cálculos do tempo de retorno daquele investimento. Após a minuciosa análise, trocamos as torneiras, bacias sanitárias e chuveiros, dentre outros itens, por peças modernas e economizadoras e o nosso trabalho será pago com a economia gerada", explica o diretor comercial da empresa, Paulo Costa.
Mais de 500 edificações já passaram pelo retrofit das instalações hidrossanitárias, dentre elas empresas como banco Itaú, banco Real, WTC (World Trade Center/SP), NGK, Grupo Estado, por exemplo. Para o diretor da H2C, o financiamento e estímulos para a troca de equipamentos gastadores por economizadores deveriam partir dos governos municipais, estaduais e federal, em uma grande campanha, nos moldes do grande plano realizado na cidade de Nova York, em 1994.
"As campanhas de preservação da água são sempre realizadas pelas companhias de abastecimento, que acabam atuando de forma tímida e sem incentivos para uma mudança de atitude; afinal o negócio delas é vender água. Por isso, notamos que a preocupação destas empresas é de cada vez mais aumentar a produção de água potável, quando na realidade a preocupação deveria ser de reduzir o consumo, pois a água é um bem finito e muito valioso". O Brasil gasta até nove vezes mais do que a média recomendada pela ONU, e com a recente melhora na renda do brasileiro (cerca de 14% dos brasileiros deixaram a de pobreza) o gasto de água deve aumentar. Estudos da consultoria mostram que quanto maior a renda da população maior o desperdício da água.
O consultor afirma que todos podem lucrar com a implantação de programas de uso racional da água: as empresas e condomínios residenciais, pela diminuição de até 60% do gasto mensal com água, e a sociedade, pela redução da necessidade de investimentos nesse setor e com a diminuição do desmatamento originário da necessidade de implantar novas represas. "Este é um jogo de ganha-ganha. É preciso que os governantes, empresários e a sociedade cumpram sua parte", afirma Paulo Costa.
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