segunda-feira, 23 de março de 2009

Teste da Orelhinha é obrigatório em Joinville

Por: Felipe Silveira

Como o conhecido Teste do Pezinho, que pode detectar doenças nos recém-nascidos e proporcionar tratamento adequado com antecedência, a Triagem Auditiva Neonatal, mais conhecida como Teste da Orelhinha, também é obrigatória e essencial para a saúde do bebê. Ainda na barriga da mãe (a partir do quinto mês de gestação), o bebê já começa a ouvir, e, dessa forma, desenvolver a linguagem. Qualquer problema auditivo pode comprometer essa capacidade. Por isso, o diagnóstico precoce é fundamental.

O Teste da Orelhinha deve ser realizado até 48 horas após o nascimento. É um exame rápido e indolor, feito pelo fonoaudiólogo, na presença dos pais, no momento em que o bebê está dormindo. Insere-se um fone no ouvido com o objetivo de analisar a na anatomia e a integração auditiva do bebê. Se o resultado for negativo, outro teste é realizado, pois pode haver alguma secreção oriunda do parto que prejudique o diagnóstico. Se o resultado for novamente negativo, o bebê é encaminhado ao especialista (otorrinolaringologista).

A surdez pode ser temporária (causada pelas secreções do parto) ou permanente. Além da hereditariedade, pode decorrer de doenças como rubéola e toxoplasmose. Hoje, a cada mil nascidos, dois são surdos. De acordo com a fonoaudióloga Fabiane Zimmermann, que atua no Hospital Dona Helena, o índice de surdez aumentou nas últimas décadas. “Antes, os bebês prematuros, que são um grupo de risco, no qual a surdez é mais comum, não sobreviviam. Atualmente, eles têm todas as condições de sobrevivência”, explica. Ela ressalta a importância do diagnóstico nos primeiros meses de vida: “Se a criança for protetizada (usar o aparelho para surdez) até os seis meses de idade, a linguagem dela vai ser comparável à de crianças que não tiveram problemas auditivos”.

A lei que determina a obrigatoriedade do exame é municipal. O Hospital Dona Helena foi pioneiro na realização do Teste da Orelhinha em Santa Catarina. O procedimento foi implantado desde 1998 em todos os bebês prematuros e, desde 2002, é realizado em todos os recém-nascidos.

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