A Prefeitura de Joinville ainda não tem subsídios suficientes para decidir a questão do reajuste do transporte coletivo urbano. A discussão com a comunidade vai continuar sendo feita e terá a participação de movimentos populares.
Esta posição foi passada pelo prefeito de Joinville, Carlito Merss, durante audiência na tarde desta quinta-feira (12/3) com integrantes da Frente de Luta pelo Transporte Coletivo. A Frente é um movimento popular que defende o não reajuste da tarifa do transporte coletivo, a não utilização de subsídios da Prefeitura e a criação do passe livre estudantil.
Acompanhado do secretário de Infraestrutura Urbana, Nelson Trigo, o prefeito ouviu relatos de representantes de entidades que reforçaram o pedido para não reajustar a tarifa e ampliar a discussão. Além de um manifesto fundamentando a posição do movimento, os representantes apresentaram ao prefeito mais dois pedidos: que em 90 dias a Prefeitura explique à população os dados da planilha de custos das empresas e a realização de uma audiência pública, em forma de seminário, para discutir tecnicamente o tema.
Carlito foi favorável a realização do seminário. Lembrou que outras opiniões técnicas poderão ajudar a Prefeitura a fazer uma análise melhor do sistema de transporte público na cidade e não apenas da tarifa. "Concordo que a tarifa do transporte coletivo é cara. Mas com transparência e muito diálogo vamos transformá-la em algo acessível para a população", destacou o prefeito.
A audiência foi acompanhada pelo vereador Adilson Mariano e a representante do Centro de Defesa dos Direitos Humanos, Cynthia da Luz. A Prefeitura de Joinville disponibiliza em seu site (www.joinville.sc.gov.br) a planilha de custos apresentada pelas empresas concessionárias para jusiticar o pedido de reajuste. Também foi criado um blog (http://onossocoletivo.blogspot.com) para receber sugestões e questionamentos da população.
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